AUMENTOS SALARIAIS: GOVERNADOR MOISÉS ENFRENTA A PRIMEIRA PROVA DE FOGO

O governo Carlos Moisés que, para melhorar as finanças públicas, vem defendendo aumento de impostos, como no caso dos agrotóxicos, tem agora uma barreira  pela frente:a reposição salarial de uma das categorias mais estratégicas do governo: a segurança pública.

É que, nesta semana, representantes de várias bancadas partidárias na Assembléia Legislativa defenderam a reposição das perdas inflacionárias nos salários dos agentes da segurança pública catarinense.

O deputado Sargento Lima, do PSL, partido do próprio governador e que na semana passada criticou duramente agentes do governo de não atender pedidos de audiência parea tratar do assunto, argumenta que “mente quem diz que é aumento, eles perderam praticamente 40% do valor de compra dos seus salários, isso é fato. A saúde foi contemplada, a educação foi contemplada e a segurança não foi”, afirmou o parlamentar acrescentando que as perdas totalizam 37%.

“GOVERNADOR TEM QUE  SE ACERTAR COM AS CATEGORIAS”

O deputado Sargento Lima Lima informou que numa reunião com o governador ficou acordado a abertura de um canal de comunicação e sugeriu ao Chefe do Executivo que “chame as associações dos policiais e se acerte com elas”.

Outros deputados, como Laércio Schuster (PSB), Felipe Estevão (PSL), Ricardo Alba (PSL), Luciane Carminatti (PT) e Ivan Naatz (PV) também apoiaram as reivindicações dos policiais militares, civis, bombeiros e técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP).

“O governador) tem graves dificuldades de ouvir as pessoas, e entidades são pessoas, se queremos errar menos e acertar mais, temos de ter o princípio forte de ouvir”, ponderou Schuster, que elogiou Lima pela defesa dos interesses dos policiais.

“Nossa bancada está unida dando força ao teu trabalho, todos os deputados estão apoiando a causa da segurança pública”, declarou Estevão.
“Somam seis anos sem reposição inflacionária, não culpo o atual governo, mas a solução terá de vir do atual governo”, admitiu Alba.

“Recebi informação do secretário da Educação de que este ano não teria nenhum reajuste para o magistério e para nenhuma categoria em Santa Catarina. Não sei se é um jogo, mas é fato que são áreas essenciais e que precisam ser tratadas com carinho”, discursou Carminatti.

“A polícia civil também é massacrada pela falta de atenção, da mesma forma os professores, mas agora temos uma grande oportunidade, temos alguns deputados do PSL que são do partido do governador e o governador é um policial, embora seja um coronel, aposentado muito jovem, certamente também sente os desafios da reposição inflacionária”, argumentou Naatz.

Já os deputados Maurício Eskudlark (PL), líder do governo, e Coronel Mocellin (PSL) enfatizaram o diálogo entre governo e policiais.

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