SOLTURA DE EIKE E ZÉ DIRCEU: SOCIEDADE INDIGNADA

O temor da sociedade é de que haja brecha para livrar da cadeia também Eduardo Cunha e Sergio Cabral

Há um dito popular que expressa: “decisão judicial, não se discute, se cumpre”. Está certo mas, a indignação, com perplexidade, vem tomando contra da grande maioria da sociedade com duas decisões votadas por ministros do Supremo Tribunal Federal: a soltura de dois astutos figurões “laçados” pelas investigações da Operação Laja Jato, Eike Batista e José Dirceu, esse último, artífice de corrupção “implantada” contra os cofres público e desvendada no Mensalão e, que pela ação das polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça, foi denominado de “chefe de quadrilha”.

A sociedade do bem, atravessa, muito por consequências da roubalheira, até desenfreada e descarada, consequências danosas e que, fundamentalmente, vem retirando de direitos constitucionais, acessos à saúde, segurança, educação, bem estar e emprego. Investigações, provas por delações ou documentos, cidadãos, também conhecidos como bandidos, apontam que milhares de reais foram surrupiados abertamente de aposentados através de falcatruas no empréstimo consignado; outros chegaram a roubar a merenda das crianças nas escolas, um dos senadores, Renan Calheiros, respondendo a nove processos de corrupção no STF, desafiou e levou vantagens, quando decisão da suprema corte, o STF, mandou que ele deixasse o comando do senado mas, politicamente, permaneceu no cargo. Políticos usaram, através de “acertos mesquinhos, mas milionários”, dinheiro grande e sujo para campanhas eleitorais e, pior: malas atoladas de dinheiro de propina sobre propina de contratos de obras públicas superfaturadas, na base de caixa dois. O ex-governador do Rio preso, mas, já querendo entrar na fila que soltou Eike e Dirceu, flagrado com dinheiro sujo e com disparates de comprar roupa de 60 mil reais e joias de até um milhão de reais. Outro, o cara da vez na lista dos pedidos de soltura no STF, Eduardo Cunha, também conhecido das raias corruptas, onde uma dinheirama milionária ostentou, por vários anos, orgias de compras e gastos em restaurantes e lojas de grife e super-luxuosas da Europa.

Os presos e até condenados pela Lava Jato, ganharam a liberdade, embora condicionada, porque ministros do STF entenderam que o sentido de prisão preventiva estava muito demorado e sem condenação firmada em segunda instância. Tudo bem. Mas se pergunta? E os milhares de presos comuns que, faz anos, engaiolados, “apodrecendo” em celas, atendidos num submundo da intolerância, aguardam decisão também de segundo grau a sentença ou o transitado em julgado?

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