OPERAÇÃO PRESSÁGIO: “GRUPO CRIMINOSO PERIGOSO” TERIA DESVIADO RECURSOS DA PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS

“Periculosidade do grupo criminoso”, “a medida extrema exsurge (desponta) como único remédio processual” e “coação moral contra servidores que ousassem interferir no esquema”, essas citações constam do despacho do juiz da Vara Criminal da Região Metropolitana da Comarca da Capital, Elleston Lissandro Canali, determinando a prisão de Ed Pereira, ex-secretário de Turismo e Cultura de Florianópolis, Renê Raul Justino, ex-diretor da Fundação Franklin Cascaes, Lucas da Rosa Fagundes, ex-gerente da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte e Cleber Ferreira, que seria o operador de finanças do plano.

As prisões, que ocorreram hoje pela manhã na Capital, coordenadas pela Polícia Civil, através da DEIC, dentro da segunda fase da Operação Presságio, que investiga supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro que teriam sido praticados por meio de contratos de serviços fraudulentos, firmados pela secretaria, comandada por Ed Pereira.

Nos últimos dias, em sua rede social, Ed Pereira, descontraído e sorridente, estampava imagens “o sucesso e legado do esporte” das quadras de esportes construídas na beira mar norte. Reservadamente, dois servidores da secretaria de Turismo, disseram, que a “aparição” de Ed Pereira nas redes sociais faz parte do seu plano político de pré-candidato a vereador.

Segundo a Polícia Civil, a segunda etapa da Operação Presságio apura a prática de crimes de frustração do caráter competitivo de licitação, corrupção passiva, corrupção ativa e peculato, em tese, perpetrados pelo ex-secretário municipal de Turismo, Ed Pereira, ex-servidores municipais e dois empresários.

A investigação apontou que, de forma reiterada, através de contratos, ocorria o desvio de dinheiro público para o enriquecimento ilícito dos investigados. Praticamente 10% (dez por cento) do valor repassado era desviado para o grupo criminoso. Ao todo foram identificados oito termos de fomento em que ocorreu desvio de parte dos recursos que deveriam ter sido integralmente aplicados nos projetos sociais.

Os investigados, inclusive, procuravam “colaboradores” para registrar seus nomes como microempreendedor para emissão de notas fiscais frias, sob “exigência” de devolver parte do dinheiro. Diante dos robustos indícios da prática dos mencionados delitos, notadamente do crime de peculato, a Polícia Civil de Santa Catarina instaurou inquérito policial e representou pela expedição dos mandados de prisão preventiva e mandados de busca e apreensão, todos os pedidos tiveram a aquiescência do Ministério Público e foram deferidos pela Vara Criminal da Região Metropolitana da Comarca de Florianópolis.

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