ALESC: “COLAPSO TOMA CONTA DA MOBILIDADE DE TRÁFEGO NA BR-101”

ALESC: A audiência sobre o colapso na BR-101 foi realizada pela Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano

Com pontos de precariedade e estrangulamento do trânsito na BR-101 em Santa Catarina, com maiores problemas e entraves no trecho entre as cidades  de Governador Celso Ramos na Grande Florianópolis e Barra Velha, no norte do Estado, num trecho de 80 quilômetros, foram debatidos hoje em audiência pública promovida pela Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia legislativa. Os  debates cobraram do governo federal, a urgência em obras estruturantes na rodovia, como construção de vias marginais, terceira pista, viadutos e acessos em todo o trecho.

O deputado Emerson Stein (MDB), autor da proposta de audiência aprovada em plenário, adiantou que todas as deliberações  serão encaminhada para o Fórum Parlamentar Catarinense em Brasília para cobrança de responsabilidades e soluções do governo federal. Ele lembrou,  ainda, que que o encontro foi provocado por conta dos constantes engarrafamentos e acidentes nesta rodovia, principalmente no sentido norte. “Os congestionamentos prejudicam não só o dia a dia das pessoas que trabalham e moram na região, mas também a economia e o turismo catarinense”, avaliou.

Ao registrar, por consenso inclusive dos demais participantes da audiência, que a BR-101 atravessa uma situação caótica de trafegabilidade, o  diretor da Federação das Indústrias de Santa Catarina, FIESC, Carlos José Kurtz  observou que a rodovia é o principal corredor viário do país e do Estado, atravessando 32 municípios catarinenses, e é considerada a engrenagem principal do crescimento econômico, turístico e populacional catarinense.

E, disse mais, o dirigente da FIESC: “uma rodovia que pulsa como artéria do país, que atravessa o Brasil de Norte a Sul, permeando o Litoral. Ela é estratégica. Não pode parar. A situação é caótica e precisamos avançar em uma solução”, enfatizou.

EMARANHADO DE PROBLEMAS

Como reconhece o representante do Dnit, Alysson Rodrigues de Andrade, a falta de mobilidade é causada pelo déficit de infraestrutura. “ O problema está diagnosticado. É um problema de décadas. Temos que pensar o futuro hoje, e não apenas com as medidas imediatas que foram já pontuadas, mas também pensar em políticas de Estado que transcendam governos. Isso é o que pensamos no DNIT hoje”, disse.

Para o presidente da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano, deputado Lunelli (MDB), é preciso cobrar celeridade do Governo Federal para melhorar a trafegabilidade da rodovia, que, para ele, é fundamental para o desenvolvimento econômico e turístico de Santa Catarina. “ A situação nessa rodovia é caótica”, disse.

Avelino Machado, da Polícia Rodoviária Federal, afirmou que a instituição cuida das vidas e procura estabelecer e promover a segurança pública, mas também entende como dever, promover a fluidez do trânsito. “ Estou otimista pelos resultados e tenho certeza de que aqui sairão muitas ideias e soluções,” afirmou.

O representante da Fetrancesc, Rui Gobbi, ressaltou problemas na sinalização da rodovia. “Solicitamos à PRF uma melhoria na sinalização vertical e nos painéis luminosos”, disse. Ele também sugeriu celeridade no caso de acidentes em que a pista fica interditada.

O supervisor de fiscalização da ANTT, Orlei Damázio Silveira, se colocou à disposição para avançar em busca de ações efetivas. “Estamos à disposição de todos para evoluirmos com a regulação, novas obras e políticas públicas visando melhorar esse setor da economia. A ANTT busca uma revolução regulatória, cultural e tecnológica para permitir que soluções de melhoria da segurança viária sejam possíveis juridicamente.

SOLUÇÕES PALIATIVAS

Não seria uma solução definitiva, mas paliativa, como explicou o representante da Arteris, Antônio Cesar Ribas Sás, já há um estudo de ampliação da capacidade da BR 101. E a exemplo do que aconteceu no trecho da Grande Florianópolis, em Palhoça, a empresa estuda a possibilidade de implantar uma terceira faixa e até mesmo uma quarta faixa neste trecho Norte da rodovia. “ A solução não é definitiva, mas de rápida execução”, afirmou.

“Com base no resultado da terceira faixa, conseguimos entregar, em um prazo de onze meses, quinze quilômetros de terceira faixa que trouxeram maior mobilidade para a região de Palhoça e São José”, disse, destacando que está em fase de projeto executivo, terceiras faixas de Balneário Camboriú a Penha nos dois sentidos.

“Além disso, estamos planejando a construção de uma ponte sobre o Rio Itajaí na ligação das marginais. Manteríamos a ponte já existente e com a nova estrutura, desviaríamos o tráfego para esse local e faríamos a ampliação de capacidade da ponte atual para incluir o acostamento ou a continuação da terceira faixa”, explicou.

PARTICIPANTES

Participaram do debate, o presidente da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano, Lunelli (MDB), o proponente e coordenador da Bancada do Vale do Itajaí, deputado Emerson Stein (MDB), os deputados Marcos da Rosa (UB) e Mauricio Peixer ( PL).

Ainda estiveram presentes o promotor André Tavares Coutinho, do Ministério Público Federal; Avelino Machado, da Polícia Rodoviária Federal; Orlei Damásio Silveira, da ANTT; Antônio Cesar Ribas Sás, representando a empresa Arteris; Carlos José Kurtz, da Fiesc; Alysson Rodrigues de Andrade, do DNIT; e Rui Gobbi, representando a Fetrancesc, além de autoridades políticas e empresariais do Estado.

 

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