Com a participação confirmada de editoras e escritores independentes, trabalhos de arranjos literários, rodas de conversa, oficina de escrita e também de origami (dobrar papel) e ainda um estande batizado como “Deixe essa ideia circular”, na qual o público poderá fazer troca e doações de livros, a Comissão Organizadora da 1ª Bienal do Livro em São José, marcada para os dias 7 a 11 de setembro no Centro Multiuso, está montando os ajustes finais na programação. O lançamento oficial de toda a programada está marcada para semana que vem. Para participar das oficinas, os interessados terão que fazer a inscrição antecipada e contribuir 1 kg de alimento não perecível a ser revertido para entidades assistenciais.
Entre os escritores que confirmaram participação, está Luiz Mauro Lora Franco, de 43 anos, que escreve desde o ano 2000. O autor possui duas obras escritas: o livro “Pareidolia”, que aborda o realismo fantástico em seis contos, com diferentes histórias sobre possíveis realidades dentro do mundo real, mas com toques alternativos.
Dos seis contos, o primeiro intitulado “Beto e as Pombas” é o preferido de Luiz e transmite elementos cômicos e de tensão. A história é sobre um rapaz, que acorda sendo julgado por um grupo de pombas, que o acusam de ter assassinado uma de suas colegas.
O segundo livro de Luiz, chamado “Disco de Ruídos Afônicos”, foge dos contos e segue no caminho da poesia, flertando com o jogo de palavras e sons. As poesias vão se encaixando e contando uma história de uma vida e nessa história há tristeza, alegrias, certezas, incertezas e questionamentos. Foi pensado não somente como um livro, mas também, como um álbum de música e curta-metragem.
Apesar do autor ser natural de São Paulo (Capital), por 20 anos São José esteve dentro de seu roteiro de viagens. Após rodar o mundo, decidiu se fixar no município por dois motivos: as filhas morarem aqui e por ter se encantado com a vida cultural na cidade. Agora, sente que quer retribuir por meio da escrita tudo aquilo que recebeu desta terra.
Luiz comemorou o convite para expor as obras na Bienal que inicia no mesmo dia de seu aniversário, 7 de setembro. “É um presente o meu lançamento para o grande público. Rendo muitas palmas ao projeto;estou ansioso, me sinto conterrâneo de São José, cidade que considero a minha casa”, celebra Luiz.