NOVA BEIRA MAR: O PROJETO QUE VAI IMPULSIONAR O SISTEMA DE MOBILIDADE URBANA EM SÃO JOSÉ

Com investimentos da ordem de R$ 244 milhões programados para dimensionar um novo sistema de mobilidade urbana em São José, o projeto da Beira Mar de Barreiros vai se transformar num verdadeiro canteiro de obras a partir de março do ano que vem quando estarão liberadas as licenças ambientais. Projetada para receber áreas de lazer, multiuso,  cultural e tráfego, estudos técnicos demonstram que, diariamente, no entorno mais de 1,5 milhão de pessoas estarão circulando e com mais de 32 mil veículos ocupando as vias de tráfego. Como o projeto da beira mar de Barreiros vai se estender até a beira mar Continental em Florianópolis, a contrapartida da prefeitura da Capital será de R$ 265 milhões, totalizando um custo global de R$ 509 milhões. O projeto de São José contempla a implantação da via, no limite com Florianópolis, no Rio Büchler, até a ligação com a BR-101, no Rio Três Henriques, em Barreiros.

E, como concretização do projeto, na noite de ontem, o prefeito Orvino Coelho de Ávila recebeu, na sede da Aemflo, em companhia de mais de 100 empresários e outras lideranças da região, o projeto oficial da beira mar de São José. Classificando o momento “como um sonho de mais de 40 anos e que está, finalmente, saindo do papel”, o prefeito anunciou que ainda o  projeto será apresentado, nos próximos dias,  ambém para a população de Barreiros. Orvino informou que  o Instituto do Meio Ambiente (IMA), que está analisando os projetos de impacto ambiental antes de liberar a Licencia Ambiental Prévia, também promoverá duas audiências públicas. O IMA está analisando os projetos em conjunto das obras que serão realizadas por Florianópolis e as de São José.

O PROJETO

Pelo projeto, na Avenida Beira-Mar de Barreiros deverá haverá uma área de lazer de 28 mil m² e mais pequenas áreas de lazer ao longo da via; 5 salas multiuso (40 m² cada) destinadas ao ensino de educação ambiental, informática, culinária, artesanato, dança, dentre outros. Sala de 200 m² para reuniões, festividades e comemorações, concha Acústica de 150 m² para apresentações, espaço cultural, área de lazer e academia para 3ª idade, além de pista de skate, quiosques e equipamentos. Estão previstas pistas de rolamento, passeios, 8 quilômetros de ciclovias e bolsões de estacionamentos. A obra é considerada prioritária, visando aprimorar a mobilidade urbana e oferecer espaços de convivência para a população de São José e o desenvolvimento econômico e social da região.

O engenheiro do Prosul, Robson Sebastiany, empresa responsável pelo Projeto, explicou sobre o estudo de Tráfego realizado pela empresa. “O estudo prevê que em 2026 serão mais de 32,2 mil veículos por dia. Já em 2035 serão mais de 37,2 mil veículos na região. A obra já prevê este crescimento”.

Um dos problemas relatados pela Prosul é a questão do solo na região. “O solo precisa ser bem tratado para não haver rompimentos”. O estudo hidrodinâmico também foi realizado levando em consideração inundações, cheias, marés. Está previsto uma grande rede de drenagem. Para 2 milhões de metros cúbicos para a terraplanagem.

Kalinka Laitano, oceanógrafa e engenheira ambiental da Prosul, apresentou a parte ambiental do projeto. “O estudo levou mais de um ano para ser elaborado e tem mais de 1 mil páginas. É um estudo bem elaborado. Foram realizadas entrevistas com moradores, estudos considerando condições meteorológicas, geologia, geomorfologia, geolecria e pedalogia, recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Também foram realizadas pesquisas sobre a qualidade do ar, qualidade de água, ruídos, ruídos subaquáticos e vibrações”. Foram coletadas mais de 40 amostras no mar. Além dos estudos da fauna e da flora.

IMPACTOS E MELHORIAS NA MOBILIDADE

Segundo o presidente da Aemflo e CDL de São José, Gilberto Rech, a obra é uma antiga reivindicação dos empresários e há quase 40 anos é esperada pela entidade. “A mobilidade da nossa região depende desta obra. A obra vai melhorar a acessibilidade de toda a região e a melhora do sistema viário”.

Foi destacado também o impacto socioeconômico da obra em Barreiros. O prefeito diz que o bairro, que atualmente está de costas para o mar, terá uma nova realidade, favorecendo todo o desenvolvimento econômico na região. “Só com o anúncio da obra, os imóveis já começaram a serem valorizados”, lembrando que, ” icar no trânsito custa a saúde do cidadão. “Custa o seu tempo, o dinheiro e a sua saúde”. Ele lembra que São José é o coração da região metropolitana. “Para entrar ou sair de Florianópolis precisa passar por São José”.

Por outro lado, a ACâmara de Vereadores aprovou no mês passado e o prefeito sancionou o projeto autorizativo para que o Executivo possa contratar a operação de crédito Internacional junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), com a garantia da União.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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