O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) iniciou a exibição de sua campanha de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher em cinemas de todo o Estado. A iniciativa faz parte do Agosto Lilás, mês dedicado ao combate à violência contra a mulher, e busca sensibilizar o público adulto sobre a importância da denúncia e da prevenção.
Filmes de grande público como estratégia de alcance
A ação, que segue até o dia 20 de agosto, priorizou sessões de filmes com alta bilheteria, como Uma Sexta-Feira Muito Louca e Corra que a Polícia Vem Aí. Nas cidades onde esses títulos não estão em cartaz, foram selecionadas as maiores salas e os horários de maior movimento, garantindo maior visibilidade da campanha.
Campanha também na TV e no rádio
O vídeo institucional, exibido antes das sessões de cinema, já circula desde o início de agosto em emissoras de rádio e televisão catarinenses. Criada pelo Núcleo de Comunicação Institucional (NCI) do TJSC em parceria com a agência OneWG, a campanha transmite mensagens objetivas de conscientização e orienta sobre os canais de denúncia disponíveis — entre eles, polícias civil e militar e o próprio Judiciário.
Um compromisso com a prevenção
“Esta é a primeira vez que o Tribunal de Justiça de Santa Catarina leva uma campanha sobre violência doméstica às salas de cinema. A proposta é aproveitar um momento de atenção e receptividade do público, antes do início dos filmes, para transmitir uma mensagem de conscientização e incentivo à denúncia. Ao ampliar os espaços de divulgação, reforçamos o compromisso do Judiciário catarinense com a prevenção e o enfrentamento dessa grave violação de direitos que atinge milhares de mulheres em nosso Estado”, afirma o coordenador do NCI/TJSC, Francis Silvy Rodrigues.
Violência contra a mulher: um desafio nacional
A iniciativa do TJSC ganha ainda mais relevância quando observada no contexto nacional. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registra um feminicídio a cada seis horas, além de centenas de milhares de casos de agressões físicas e psicológicas todos os anos. Embora avanços legais, como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, tenham fortalecido os mecanismos de proteção, a subnotificação e a naturalização da violência seguem como obstáculos. Por isso, campanhas que ocupam espaços de grande circulação e impacto, como as salas de cinema, representam uma estratégia fundamental para romper o silêncio, estimular denúncias e fortalecer a rede de apoio às vítimas.