Mais uma vez, a população de Florianópolis está sendo marginalizada, atacada e refém de seus direitos, consequências, de novo, por uma greve que atinge, principalmente, serviços essenciais na cidade: a limpeza, conservação de ruas e a coleta de lixo.
É que, numa decisão meramente política e, claramente, antecipando a campanha eleitoral do ano que vem, o Sintrasen, Sindicato dos servidores municipais de Florianópolis, filiado à CUT, um dos braços direitos do PT, organizou, hoje pela manhã, de supetão, uma greve da Comcap.
O Sintrasen ignora inclusive um acordo firmado com a prefeitura que, entre os dias 6 e 14 deste mês de novembro, seriam realizadas reuniões de negociações sobre o reajuste salarial anual, dentro da data base da categoria. A Prefeitura de Florianópolis, como antecipação, encaminhou ao sindicato proposta de cumprir o reajuste salarial de todos os trabalhadores dentro dos índices da inflação conforme o INPC.
O nível salarial atual dos trabalhadores da Comcap aponta que um motorista do caminhão de coleta do lixo ganha, por mês, entre R$ 8 e R$ 9 mil, fora outras vantagens. A margarida, que cuida varrição das ruas, recebe, em média, salário de R$ 7 mil.
A prefeitura paga ainda os salários e vantagens a 5 servidores que não precisam cumprir expediente em suas repartições de origem, porque são diretores do sintrasen. Um desses diretores tem salário de R$ 18 mil..
E a greve, capitaneada pelo Sintrasen já começou na manhã de hoje na base da radicalização extrema: a interdição do acesso de veículos à ponte Pedro Ivo Campos, deixando milhares da carros sob engarrafamento monstro na via expressa.