A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, tem fortalecido os serviços de atenção em saúde mental, priorizando o acolhimento integral, a redução de danos e a prevenção ao suicídio.
A ação ganha destaque no Setembro Amarelo, mês nacional de conscientização e valorização da vida.
Estratégias e ações permanentes
O município investe em capacitação de profissionais para identificação precoce de sofrimento psíquico e situações de violência autoprovocada.
Entre as iniciativas, estão:
Articulação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS);
Estímulo à rede de apoio pessoal dos pacientes;
Combate ao estigma relacionado à saúde mental e ao suicídio.
Atendimento nos CAPS e serviços especializados
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) oferecem acompanhamento individual e coletivo, oficinas terapêuticas, apoio familiar e prevenção.
Florianópolis também conta com um CAPS 24 horas, que acolhe crises e integra os serviços de urgência e emergência.
Números de impacto (jan–ago/2025):
50 mil atendimentos;
Mais de 7.220 pessoas atendidas;
Telemedicina via Alô Saúde, com escuta e encaminhamento em casos de sofrimento psicológico.
Foco na infância e adolescência
A Prefeitura alerta para a vulnerabilidade de crianças e jovens frente ao impacto das redes sociais e à cultura de ódio digital.
Segundo a Gerência da Atenção Primária:
Meninas de 15 a 19 anos são as mais afetadas, seguidas pelas de 10 a 14;
As taxas de violência autoprovocada são até 4 vezes maiores em relação aos meninos.
Protocolos de proteção e encaminhamento
A segunda edição do Protocolo de Escuta Especializada (2023) orienta escolas e profissionais no atendimento de crianças vítimas de violência, bullying e cyberbullying.
A rede de atenção oferece acolhimento inicial na Atenção Primária, com encaminhamento ao CAPSi ou ao Ambulatório de Saúde Mental da Infância e Adolescência, que já realizou 5.040 atendimentos em oito meses para 1.120 jovens.
Compromisso coletivo com a vida
“O enfrentamento da violência e a promoção da saúde mental são essenciais para o bem-estar social. Essa responsabilidade é de todos: família, sociedade e Estado”, destaca Daniela Salomé, diretora da Atenção Primária à Saúde.
Setembro Amarelo: quebrando tabus
Criada em 2015, a campanha nacional reforça a importância de falar sobre saúde mental sem estigmas, incentivar a procura por ajuda qualificada e prevenir o suicídio.
A mensagem central é clara: ninguém deve enfrentar o sofrimento sozinho.