
Homenagens de reconhecimento aos catarinenses que integraram a Força Expedicionária Brasileira e ao “Dia da Vitória”, marco histórico que culminou, há 80 anos, com o fim da Segunda Guerra Mundial, foram celebrados na noite de ontem em sessão especial da Assembleia Legislativa.
O deputado Marcos Vieira (PSDB), autor das homenagens, reconheceu a memória e o legado dos 956 catarinenses, de diversas regiões do estado, que partiram para os campos de batalha na Itália.
O parlamentar destacou que “nesse dia 8 de maio, o mundo comemora os 80 anos do Dia da Vitória, né? E lá estavam brasileiros participando e catarinenses também. Praticamente 900 catarinenses faleceram, padeceram na Segunda Guerra. E hoje a Assembleia Legislativa, por nossa iniciativa, presta essa justa homenagem a esses ex-combatentes das Forças Armadas do Brasil por tudo que fizeram lá”, afirmou.
Durante o evento foram homenageados a 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, a Base Aérea de Florianópolis, a Capitania dos Portos de Santa Catarina e o 63º Batalhão de Infantaria.
O comandante da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, Brigada Silva Paes, general Gelson de Souza, representou o Exército e agradeceu o reconhecimento do Parlamento catarinense. “Essa homenagem é um motivo de muito orgulho para nós ,que hoje representamos, digamos assim, os descendentes daqueles heróis que combateram durante a 2ª Guerra Mundial”, pontuou.
Para ele, é uma oportunidade de lembrarmos do que foi a guerra. “Um acontecimento muito triste da história da humanidade. É importante refletirmos sobre o que é a guerra, esse fenômeno social que permanece entre nós e que traz consequências duras para nossa sociedade”, disse.
RESGATE DA HISTÓRIA
A presidente da Associação Nacional dos Descendentes e Amigos da Força Expedicionária Brasileira, ANDAFEB, Clélia Maria Andrade, que também recebeu a distinção em nome de seu pai, soldado Arnoldo Cândido Raulino, representou na cerimônia, os familiares dos ex-combatentes e ressaltou a importância da participação dos catarinenses na Segunda Guerra Mundial.
“Esse momento foi de resgatar o legado, a história e a importância da participação da Força Expedicionária Brasileira para o Dia da Vitória. Essa homenagem orgulha a todos os homens que lutaram pelo Brasil na 2ª Guerra Mundial”, pontuou, agradecendo ao Parlamento pelo reconhecimento.
“ Muitos expedicionários foram esquecidos pela história”, observou revelando que sentiu na pele esse esquecimento. “Porque meu pai foi o primeiro catarinense que faleceu após essa guerra e morreu quase como um indigente. Nunca recebeu nenhuma homenagem. E não só ele, mas outros tantos expedicionários também”, afirmou, revelando que está “ rascunhando a história de seu pai e que pretende lançar um livro.
Além da presidente da ANDAFEB, Clélia Maria Andrade, participaram da cerimônia, agentes políticos, militares das Forças Armadas , além de filhos de pracinhas, como Sérgio Acácio, que esteve na Itália visitando os locais onde seu pai, Acácio Garcia, participou dos combates. Ele confessa que sentiu muita emoção com esse reconhecimento proposto pelo Parlamento.
“Estamos comemorando os 80 anos do Dia da Vitória e senti a emoção que o meu pai sentiu. O quanto a alegria dele, o entusiasmo dele, por tudo que passaram de sacrifício nessa batalha”, afirmou, informando que conheceu de perto todos os monumentos em memória aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial. “Foi uma viagem ao passado”, disse.
HOMENAGEADOS
14ª Brigada de Infantaria Motorizada, representada pelo Comandante General de Brigada, Gelson de Souza;
63º Batalhão de Infantaria – Batalhão Fernando Machado, representando pelo Comandante Tenente Coronel, Luís Henrique Vighi Teixeira;
Base Aérea de Florianópolis, representada pelo Coronel aviador, João Paulo Gomes Lima da Silva;
Capitania dos Portos de Santa Catarina, representada pelo Comandante Capitão dos Portos Cristian Modesto de Rezende;
In Memoriam, Soldado Arnoldo Cândido Raulino
A presidente da ANDAFEB, Clélia Maria Andrade, que também recebeu a distinção em nome de seu pai, soldado Arnoldo Cândido Raulino, representou na cerimônia, os familiares dos ex-combatentes e ressaltou a importância da participação dos catarinenses na Segunda Guerra Mundial.
“Esse momento foi de resgatar o legado, a história e a importância da participação da Força Expedicionária Brasileira para o Dia da Vitória. Essa homenagem orgulha a todos os homens que lutaram pelo Brasil na 2ª Guerra Mundial”, pontuou, agradecendo ao Parlamento pelo reconhecimento.
“ Muitos expedicionários foram esquecidos pela história”, observou revelando que sentiu na pele esse esquecimento. “Porque meu pai foi o primeiro catarinense que faleceu após essa guerra e morreu quase como um indigente. Nunca recebeu nenhuma homenagem. E não só ele, mas outros tantos expedicionários também”, afirmou, revelando que está “ rascunhando a história de seu pai e que pretende lançar um livro.
Além da presidente da ANDAFEB, Clélia Maria Andrade, participaram da cerimônia, agentes políticos, militares das Forças Armadas , além de filhos de pracinhas, como Sérgio Acácio, que esteve na Itália visitando os locais onde seu pai, Acácio Garcia, participou dos combates.
Ele confessa que sentiu muita emoção com esse reconhecimento proposto pelo Parlamento.
“Estamos comemorando os 80 anos do Dia da Vitória e senti a emoção que o meu pai sentiu. O quanto a alegria dele, o entusiasmo dele, por tudo que passaram de sacrifício nessa batalha”, afirmou, informando que conheceu de perto todos os monumentos em memória aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial. “Foi uma viagem ao passado”, disse.
O comandante da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, Brigada Silva Paes, General de Gelson de Souza, representou o Exército e agradeceu o reconhecimento do Parlamento catarinense. “Essa homenagem é um motivo de muito orgulho para nós ,que hoje representamos, digamos assim, os descendentes daqueles heróis que combateram durante a 2ª Guerra Mundial”, pontuou.
Para ele, é uma oportunidade de lembrarmos do que foi a guerra. “Um acontecimento muito triste da história da humanidade. É importante refletirmos sobre o que é a guerra, esse fenômeno social que permanece entre nós e que traz consequências duras para nossa sociedade”, disse.
Homenageados
14ª Brigada de Infantaria Motorizada, representada pelo Comandante General de Brigada, Gelson de Souza;
63º Batalhão de Infantaria – Batalhão Fernando Machado, representando pelo Comandante Tenente Coronel, Luís Henrique Vighi Teixeira;
Base Aérea de Florianópolis, representada pelo Coronel aviador, João Paulo Gomes Lima da Silva;
Capitania dos Portos de Santa Catarina, representada pelo Comandante Capitão dos Portos Cristian Modesto de Rezende;
In Memoriam, Soldado Arnoldo Cândido Raulino
Valquíria Guimarães
Força Expedicionária Brasileira
Composta por mais de 25 mil militares brasileiros, a Força Expedicionária Brasileira lutou na Segunda Guerra Mundial na Itália, ao lado dos Estados Unidos, Reino Unido, União Soviética e França, contra Alemanha, Itália e Japão. Os “pracinhas”, como eram conhecidos os combatentes brasileiros, participaram de batalhas importantes, como a Tomada de Monte Castelo; a Batalha de Montese; e a rendição da 148ª Divisão Alemã em Fornovo di Taro. Ao final da guerra, 454 brasileiros morreram em combate.