SANTA CATARINA DÁ EXEMPLO DE COMBATE À DENGUE COM REDUÇÃO DRÁSTICA DE CASOS E MORTES

Tecnologia, vacina e prevenção: o tripé do sucesso catarinense contra a Dengue. (Foto: Léo Munhoz/ Secom)

Com uma queda impressionante de 91% no número de casos e de 95% nos óbitos por dengue em 2025, Santa Catarina tornou-se exemplo nacional no enfrentamento à doença. Os dados foram divulgados hoje em coletiva de imprensa, que apresentou o balanço do primeiro semestre das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti no estado. Esse resultado, superior à média nacional, foi possível com o investimento do Estado em tecnologia e apoio da população.

Entre as principais estratégias adotadas estão:
• Ampliação da cobertura vacinal contra a dengue
• Aquisição e distribuição de hematócritos para diagnóstico e monitoramento
• Campanhas educativas e mutirões de limpeza em diversas cidades
• Investimento em tecnologia e monitoramento ativo

O trabalho integrado também contou com o apoio técnico e institucional do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina (Cosems), fortalecendo a articulação entre as esferas estadual e municipal.

MONITORAMENTO CONTINUA ATIVO

“Os números positivos são resultados das ações que estamos realizando desde 2023 em conjunto com os municípios. Por orientação do governador Jorginho Mello não vamos baixar a guarda e seguiremos com as estratégias no segundo semestre. A imprensa também teve e tem um papel fundamental na divulgação das ações, vacinas disponíveis e no chamamento da população para nos ajudarem a reduzir a infestação do vetor. Mesmo com números positivos vamos seguir trabalhando para diminuir ainda mais os casos e os óbitos que são evitáveis”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), foram registrados 27.065 casos prováveis de dengue no primeiro semestre de 2025, contra os 329.496 no mesmo período em 2024. Consequentemente, o número de óbitos também diminuiu. Em 2025, foram registrados 15 mortes, enquanto que no mesmo período do ano passado foram 341.

A redução no número de casos e óbitos é reflexo direto da vigilância ativa e do trabalho integrado das equipes de saúde. Ela ocorre após um dos períodos mais críticos da história, que levou diversas cidades catarinenses a decretarem situação de emergência sanitária em 2024. Os dados divulgados no Boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) são superiores à média nacional, com queda de 75% nos casos e 76% para os óbitos por dengue.

Além das estratégias de rotina, foram adotadas medidas inovadoras. Entre elas, o Governo do Estado investiu R$ 7,9 milhões para a aquisição de 800 aparelhos de hematócrito rápido. O teste agiliza a avaliação e manejo do paciente com suspeita de dengue. Os aparelhos foram distribuídos em 175 municípios infestados pela doença.

VACINA: “PREVENÇÃO EFICAZ”

Outra medida importante foi a ampliação da estratégia de vacinação contra a dengue em adolescentes entre 10 e 16 anos para as regiões de saúde da Foz do Rio Itajaí e Alto Uruguai Catarinense, que se juntaram às regiões Nordeste, Vale do Itapocu, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí e Oeste. Ao todo, 100 municípios estão aplicando a vacina. A Secretaria de Estado da Saúde está em tratativas para ampliar ainda mais.

O Governo do Estado também ampliou as ações de comunicação no combate à dengue, com o investimento, desde 2023, de mais de R$ 15 milhões em campanhas de alerta: divulgação nas redes sociais do Governo e da SES, matérias e boletins publicados nos sites institucionais, conteúdos divulgados de forma espontânea e continuamente nos veículos de comunicação, entrevistas e disponibilização de dados para a imprensa em todo o território catarinense.

Para o segundo semestre de 2025, o Estado planejou ações para reforçar ainda mais a prevenção e o controle da dengue. Entre elas revisar o Plano de Contingência; atualizar as diretrizes estaduais para a Vigilância Epidemiológica e Controle das Arboviroses; promover ainda mais seminário e capacitações para atualização dos profissionais e troca de experiências; ampliar estratégias e mobilizações para o controle vetorial do mosquito; além de disponibilizar material informativo e manter ações de comunicação no estado.

Apesar da melhora, a Secretaria de Estado da Saúde alerta que o risco ainda existe e a prevenção continua sendo essencial. “A dengue é uma doença cíclica e pode voltar com força se os cuidados forem abandonados. Cada tampinha de garrafa ou calha entupida pode se transformar em um criadouro”, reforça João Fuck, diretor da DIVE.
O Governo do Estado segue monitorando a situação epidemiológica e reforça o apelo para que a população mantenha hábitos de prevenção, como eliminar água parada, usar repelente e permitir a entrada de agentes de endemias nas residências.

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