A Central de Atendimento Especializado às Vítimas (CEAV) ultrapassou a marca de 495 atendimentos em 2025, superando o total registrado em todo o ano de 2024. Do volume, 390 casos envolveram mulheres, enquanto os demais foram relacionados a homens, familiares e demandas da rede de apoio.
Canal de acolhimento e orientação
O serviço da Justiça catarinense funciona como ponto de referência para vítimas de crimes, atos infracionais e violência doméstica. O atendimento é feito por diferentes canais: Balcão Virtual, WhatsApp, e-mail e telefone, durante o expediente forense. Também há a opção presencial, mediante agendamento, em espaço humanizado com equipe multidisciplinar.
Quem pode solicitar o atendimento
Podem recorrer à CEAV vítimas diretas e indiretas de crimes ou violência doméstica e familiar: cônjuges, companheiros(as), familiares em linha reta, irmãos, irmãs e dependentes. O objetivo é garantir apoio integral às pessoas atingidas por situações de violência.
Dados de 2025 em destaque
Até setembro, o serviço já recebeu:
* 274 solicitações de orientação (em 2024 foram 239 no ano todo);
* 60 pedidos de medidas protetivas (em 2024 foram 99);
* Diversos encaminhamentos para assistência jurídica, apoio psicológico e atendimento psicossocial.
O Balcão Virtual lidera como principal canal de acesso, com 215 atendimentos, seguido do WhatsApp (180). A tendência inverte o cenário de 2024, quando a procura pelo WhatsApp era maior.
Os atendimentos presenciais também cresceram: foram 43 neste ano, frente a 25 em todo 2024, impulsionados pela inauguração da Sala Lilás, espaço de acolhimento dedicado às vítimas.
Perfil territorial
Em 2025, os municípios com maior número de registros foram:
* Florianópolis – 165
* São José – 38
* Itajaí – 25
No ano passado, Florianópolis já liderava com 239 atendimentos, seguida de São José (37) e Joinville (34).
Vozes do atendimento
Para Patrícia Pioner Abadie, servidora da CEAV, ampliar campanhas de conscientização é essencial:
“Quanto maior o investimento em campanhas de conscientização e a criação de espaços de diálogo com a sociedade, maiores serão as chances de sensibilizar a população. Essas iniciativas contribuem para que as mulheres reconheçam situações de violência e se sintam encorajadas a buscar ajuda.”
Estrutura e coordenação
A CEAV é coordenada pela desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho, com a juíza de direito Naiara Brancher como adjunta. O nome oficial é Central de Atendimento Especializado às Vítimas de Crime, de Ato Infracional e de Violência Doméstica e Familiar no âmbito do Poder Judiciário de Santa Catarina.