SENADO APROVA ISENÇÃO DE IR ATÉ R$ 5 MIL: FIESC ALERTA PARA IMPACTO SOBRE SETOR PRODUTIVO

Proposta aprovada passa a valer para 2026 após sanção presidencial. (foto: Agência Senado)

O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O texto também prevê descontos progressivos para contribuintes com renda mensal entre R$ 5 mil e R$ 7.350.

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) avaliou como positiva a ampliação da faixa de isentos, mas criticou a forma de compensar a perda de arrecadação.
Segundo a entidade, o governo federal deveria reduzir despesas em vez de aumentar a carga tributária sobre o capital produtivo.

“A compensação deveria vir de ajustes nos gastos públicos, e não de mais impostos sobre quem produz”, defende a FIESC.

Entidade alerta para impacto em novos investimentos

A Federação atuou junto aos senadores catarinenses para mostrar os possíveis impactos da proposta sobre novos investimentos.
Entre as principais preocupações está a mudança na base de cálculo do lucro contábil, que desconsidera mecanismos legítimos do sistema tributário, como:
Compensação de prejuízos fiscais de IRPJ e CSLL;
Incentivos fiscais como a Lei do Bem;
Depreciação acelerada de bens de capital;
Créditos presumidos de ICMS.

Esses pontos, segundo a FIESC, não foram incluídos no Projeto de Lei 1087, mas continuam sendo debatidos no Senado, especialmente nas discussões sobre tributação de Bets e Fintechs.

Tributação sobre lucros e dividendos é vista como retrocesso

Outro ponto de crítica é a tributação sobre lucros e dividendos, que, para a FIESC, onera o setor produtivo e desestimula o investimento.
A entidade lembra que, desde 1995, essa tributação já é compensada por outras cobranças, como:
o adicional de 10% sobre o IRPJ;
a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), com alíquota de 9%;
e o aumento das alíquotas do PIS/Cofins, que somam 9,25%.

FIESC mantém articulação em Brasília

Mesmo sem a incorporação das sugestões no texto atual, a FIESC afirma que seguirá atuando em Brasília para defender uma reforma tributária equilibrada, que não penalize a produção e preserve a competitividade da indústria.

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