
As microempresas seguem como protagonistas da geração de empregos em Santa Catarina. Em abril de 2025, esses empreendimentos foram responsáveis por 70,5% do saldo positivo de contratações formais nos setores da Indústria, Construção, Comércio e Serviços. Os dados constam da nova edição do Informativo Mensal de Empregos, divulgada nesta semana, pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan).
A publicação, baseada nos microdados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), traz uma análise detalhada do comportamento do emprego conforme o porte das empresas. A leitura técnica é realizada por economistas da Diretoria de Políticas Públicas da Seplan.
“O catarinense é um povo naturalmente empreendedor. E nosso governo tem criado as condições para que isso floresça com segurança jurídica, incentivo ao crédito e apoio na abertura de empresas”, afirmou o governador Jorginho Mello.
No acumulado de janeiro a abril de 2025, as microempresas já são responsáveis por 41,8% das novas vagas formais criadas no estado. As pequenas e médias empresas responderam por 34% das contratações, enquanto as grandes corporações geraram 24,2% do total. Os números evidenciam o papel complementar de cada segmento no fortalecimento do mercado de trabalho catarinense.
IMPACTO DE CRESCIMENTO
Para o secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira, os dados comprovam o impacto positivo das políticas públicas voltadas ao fomento do empreendedorismo. Ele cita os programas Pronampe Santa Catarina e Juro Zero, que, juntos, beneficiaram cerca de 30 mil CNPJs no último ano, com R$ 37,8 milhões em subsídios a operações de crédito.
“A vitalidade econômica do estado está diretamente ligada ao apoio que damos às micro e pequenas empresas. É nelas que o emprego nasce e se multiplica, especialmente nos municípios do interior”, destacou Oliveira.
O gerente de Avaliação e Monitoramento de Políticas Públicas da Seplan, Pietro Caldeirini Aruto, também chama atenção para o dinamismo das empresas de menor porte:
“Micro e pequenas empresas foram responsáveis por 59% das vagas formais geradas no mês. Por serem mais flexíveis, conseguem reagir com rapidez às mudanças do mercado e criar oportunidades em cenários desafiadores”, explicou.
Com uma economia descentralizada e políticas consistentes de incentivo ao empreendedorismo, Santa Catarina segue consolidando um modelo de desenvolvimento ancorado na força das micro e pequenas iniciativas
Nesse sentido, o economista Pietro Aruto salienta a capilaridade da geração de renda por meio das microempresas, o que favorece a inclusão social. “Isto porque elas tendem a ser mais distribuídas, tanto geograficamente quanto setorialmente, beneficiando mais as comunidades e setores. Além disso, as microempresas diluem o risco de dependência apenas nas grandes empresas, que são mais suscetíveis a crises nacionais e internacionais”, completou Pietro.
Diante de tantos aspectos positivos, o secretário Fabricio Oliveira reforça a importância de considerar os desafios enfrentados pelas MEs, a fim de mitigar as possíveis vulnerabilidades. “O Governo do Estado continuará investindo em políticas públicas para o acesso ao crédito e à qualificação profissional e técnica dos empreendedores e colaboradores. Nosso papel é continuar fomentando a capacidade de crescimento e inovação das nossas empresas catarinenses”, afirmou Fabricio Oliveira.