
Na manhã desta terça-feira, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em apoio à 2ª Promotoria de Justiça de Braço do Norte, deflagrou uma operação que apura crimes de corrupção e violação de sigilo funcional. A ação é resultado de uma investigação conduzida ao longo dos últimos meses, baseada em indícios de atuação ilícita entre uma advogada e um policial militar.
Como funcionava o esquema investigado
De acordo com as apurações, o policial teria repasado informações sigilosas de sistemas internos da corporação à advogada. Ela, por sua vez, utilizava os dados para favorecer clientes envolvidos em investigações criminais.
A prática, segundo o Ministério Público, coloca em risco a integridade das investigações e representa grave infração aos deveres funcionais dos servidores públicos.
Mandados e acompanhamento da operação
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Tubarão, a partir de requerimento apresentado pela Promotoria de Justiça.
As diligências ocorreram no município de Içara, em três endereços ligados aos investigados.
Um representante da OAB acompanhou o cumprimento das medidas, garantindo o respeito às prerrogativas da advocacia durante as buscas.
Próximos passos da investigação
O material apreendido será encaminhado à Polícia Científica, responsável pelos exames periciais. Após a emissão dos laudos, as evidências serão analisadas pela equipe do GAECO e pelo Ministério Público, com o objetivo de aprofundar as investigações e definir eventuais responsabilidades.
Como o processo tramita sob sigilo, novas informações só serão divulgadas quando houver autorização judicial.