
Santa Catarina segue consolidando sua posição de destaque nas exportações brasileiras de carnes. Mesmo com leve retração em outubro, o Estado atingiu, no acumulado de janeiro a outubro de 2025, o melhor resultado da série histórica tanto em volume quanto em receita, conforme levantamento da Epagri/Cepa.
Nos dez primeiros meses do ano, foram exportadas 1,68 milhão de toneladas de carnes — incluindo frango, suínos, perus, patos, marrecos, bovinos e outras proteínas.
O volume representa alta de 3% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto a receita cresceu 9,2%, somando US$ 3,72 bilhões.
Resiliência e estratégia: o segredo do bom desempenho
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, destaca que os bons resultados são fruto de uma estratégia de longo prazo, comemorando o excelente desempenho das exportações de carne de Santa Catarina.
No caso do frango, ele destaca a capacidade de recuperação e a resiliência dos produtores catarinenses, mesmo diante dos desafios provocados pelo foco de influenza aviária registrado no Sul do Brasil, lembrando ainda que “Santa Catarina é responsável por mais da metade das exportações brasileiras”.
“Esse sucesso é resultado de uma estratégia consistente de diversificação de mercados e da forte colaboração entre os nossos produtores e o Governo do Estado. Essa união garante maior estabilidade e fortalece a competitividade do agronegócio catarinense no cenário internacional. Santa Catarina segue consolidada como referência nacional e global”, afirmou o secretário.
Diversificação garante estabilidade e crescimento
Para o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl, a diversificação dos destinos das exportações tem sido um dos principais fatores de resiliência.
“O setor vem ampliando o número de compradores, reduzindo a dependência de poucos mercados e garantindo maior estabilidade”, explica.
Mesmo diante de embargos temporários de alguns países à carne de frango brasileira, Santa Catarina manteve o melhor resultado em receita da série histórica no acumulado até outubro.
Europa e China retomam compras de frango catarinense
As exportações de carne de frango seguem em trajetória de recuperação. Em outubro, o Estado embarcou 111,7 mil toneladas, com receita de US$ 223,1 milhões — leve queda frente a setembro, mas alta de 5,8% em relação a outubro de 2024. O resultado reflete a continuidade da recuperação do setor após o foco de influenza aviária registrado no Rio Grande do Sul, em maio.
No acumulado do ano, Santa Catarina exportou 985,5 mil toneladas e faturou US$ 2 bilhões, crescimento de 2,5% em volume e 6,3% em valor, o melhor desempenho desde 1997.
Com a retomada das vendas para a União Europeia, os Países Baixos voltaram a liderar as compras em outubro com 8,1 mil toneladas e US$ 25,3 milhões. No acumulado do ano, Arábia Saudita, Japão e Países Baixos estão entre os principais destinos, com participações de 12,5%, 10,8% e 10,1% na receita, respectivamente. As vendas para o Reino Unido e México também cresceram de forma expressiva, acima de 30% em quantidade e valor.
A reabertura do mercado chinês, autorizada em 7 de novembro, deve impulsionar ainda mais os resultados. Em 2024, a China foi o quarto principal destino do frango catarinense, com 9,1% do volume total exportado. Atualmente, o Estado responde por 26,3% da receita e 22,8% do volume das exportações brasileiras de carne de frango, mantendo-se como o segundo maior exportador do país.
Japão lidera compras da carne suína catarinense
O setor de carne suína também alcançou números recordes.
Em outubro, Santa Catarina exportou 68,4 mil toneladas, gerando US$ 172,7 milhões em receita. De janeiro a outubro, o Estado atingiu 630,6 mil toneladas exportadas e US$ 1,56 bilhão em faturamento — aumentos de 5,9% em volume e 12,5% em valor, o melhor resultado histórico para o período.
O Japão consolidou-se como o principal destino da carne suína catarinense, respondendo por 20,9% da receita total, seguido por Filipinas (19,2%) e China (16,2%). O destaque vai para o México, que subiu ao quarto lugar no ranking, com crescimento acima de 60% nas vendas para aquele país.
No contexto nacional, Santa Catarina respondeu por mais da metade das exportações brasileiras de carne suína entre janeiro e outubro, com 51,2% do volume e 51,9% da receita total.
Exportações totais de carnes continuam em alta
Somando todas as proteínas, Santa Catarina exportou 187,2 mil toneladas em outubro, movimentando US$ 415,7 milhões.
Embora o resultado tenha recuado em relação a setembro — que havia registrado recorde histórico —, houve crescimento de 4,1% na receita em comparação com outubro de 2024. Santa Catarina exportou, em outubro de 2025, um total de 187,2 mil toneladas de carnes (incluindo frango, suínos, perus, patos, marrecos, bovinos e outras proteínas). O volume representa uma redução de 5,3% em relação aos embarques realizados no mês anterior, mas um crescimento de 2,8% na comparação com outubro de 2024.
As receitas obtidas com as vendas externas somaram US$ 415,7 milhões, queda de 5,1% em relação a setembro, porém com aumento de 4,1% quando comparadas ao mesmo mês do ano passado. É importante destacar que setembro havia registrado o melhor resultado mensal em receita e o segundo maior volume embarcado de toda a série histórica, o que ajuda a relativizar as variações negativas observadas em outubro.
No acumulado de janeiro a outubro de 2025, Santa Catarina exportou 1,68 milhão de toneladas de carnes, com receitas que totalizaram US$3,72 bilhões. Os números representam crescimento de 3% em volume e de 9,2% em valor na comparação com o mesmo período de 2024, consolidando o melhor desempenho do Estado para o intervalo em toda a série histórica.
No acumulado do ano, o desempenho é o melhor da série histórica, com 1,68 milhão de toneladas exportadas, US$ 3,72 bilhões em receita e crescimento de 3% em volume e 9,2% em valor.













