PREFEITURA REALIZA CONSULTA PÚBLICA SOBRE ACESSO À ORLA MARÍTIMA DE FLORIANÓPOLIS

A Prefeitura de Florianópolis, sob coordenação técnica da secretaria Municipal de Planejamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, abriu consulta pública para que os moradores possam opinar sobre a questão de acesso à Orla Marítima da Capital, ou seja, se essas entradas devem ser fechadas ou abertas. O perímetro abrangente se estende da foz do rio Tavares até a foz do rio Itacorubi, e a Beira Mar continental, entre Estreito e Coqueiros.

A Consulta se estende até o próximo dia 19 para que mais moradores possam dar sua opinião sobre o acesso público à orla. Para participar, basta responder ao formulário bit.ly/consultasetor1.

Uma das diretrizes do Plano Diretor municipal determina a recuperação das áreas costeiras, eliminar barreiras de acesso público e criar trajetos voltados ao lazer e ecoturismo. Para cumprir os objetivos do Plano Diretor, um Comitê Técnico Multidisciplinar da Prefeitura estabelece diretrizes e analisa processos relativos aos acessos à orla. O relatório de diagnóstico do Setor um pode ser acessado através do link: bit.ly/relatoriosetor1.

O Conselho da Cidade de Florianópolis acompanhará o plano de trabalho para regularizar, qualificar e ampliar os trapiches, passarelas e calçadões nas praias do município. A proposta inclui diretrizes técnicas para implantação de novos acessos, levantamento fotográfico, uso de drones, e elaboração de projetos executivos e complementares a fim de democratizar os acessos.

HISTÓRICO

Estudo do Comitê Técnico Multidisciplinar de Acesso à Orla, aponta que Florianópolis é uma cidade com mais de duzentos e trinta quilômetros de orla marítima e lagunar. Se considerarmos que sua área total é de pouco mais de quatrocentos quilômetros quadrados, teremos em torno de meio metro de orla para cada metro quadrado de superfície da cidade. Acrescentando as orlas fluviais, têm-se um cenário ainda mais relevante em termos de espaços públicos a serem gerenciados.

A cidade de Florianópolis foi fundada em função de suas características topográficas, em especial por sua orla ampla e diversificada. No entanto, ao longo dos anos e do seu desenvolvimento urbano, as construções foram bloqueando o mar, sua vista e seu acesso, já que no princípio os primeiros moradores açorianos viravam suas casas para a rua e deixavam seus fundos para o mar, considerado local de trabalho e despejo de dejetos.

Esse desenho urbano de ocupação tradicional luso-brasileira foi sendo reproduzido e adaptado ao longo da evolução urbana de Florianópolis. Hoje em dia, a orla é bastante valorizada tanto como ativo imobiliário quanto como área de lazer, no entanto, o bem
de “uso comum do povo” (BRASIL, 1988) tem sido privado do ambiente urbano, tendo seu acesso visual e físico impedido pelas diversas configurações urbanas resultantes do processo histórico de urbanização.

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