
Florianópolis deu mais um passo importante para transformar em realidade um dos projetos mais aguardados pela população: o transporte marítimo de passageiros. Nesta semana, representantes da Prefeitura se reuniram com técnicos do município de Vitória (ES) para conhecer de perto o modelo já implantado na capital capixaba — experiência que deve servir de referência para a capital catarinense.
De promessa antiga a projeto concreto
A mobilidade é um dos maiores desafios da cidade, marcada por congestionamentos diários e por um transporte coletivo sobrecarregado. Há anos, especialistas e moradores apontam o mar como rota alternativa para desafogar o trânsito. Agora, a administração municipal iniciou estudos técnicos que servirão de base para um edital de licitação, previsto ainda para este semestre.
Primeiros pontos de embarque e desembarque
Equipes da Prefeitura realizaram vistorias nos locais cotados para receber terminais marítimos: Abraão, Parque de Coqueiros, trapiche da Beira-mar Norte, trapiche do João Paulo e Canasvieiras.
A fase inicial prevê a ligação entre o Continente, o Centro e bairros próximos. Em etapas seguintes, o transporte será estendido ao Norte da Ilha, passando por Santo Antônio de Lisboa, Jurerê e demais áreas de interesse.
Integração e uso turístico
A proposta é que, durante a semana, o transporte marítimo tenha tarifa integrada ao sistema de ônibus, atendendo principalmente a população local. Nos fins de semana, o serviço terá rotas voltadas ao turismo, com tarifas diferenciadas, unindo mobilidade e potencial econômico.
Próximos passos
O secretário de Infraestrutura e Manutenção, Rafael Hahne, afirma que o estudo preliminar deve ser concluído em até 60 dias. “Esse documento vai nos dar informações sobre contratação, obras necessárias e outros pontos essenciais. Com isso, avançaremos para um estudo detalhado e, ainda neste semestre, para a elaboração do edital e a abertura da licitação”, explica.
Se as etapas forem cumpridas dentro do prazo, Florianópolis poderá deixar de “virar as costas para o mar” e transformar suas águas em vias estratégicas para um deslocamento mais rápido, integrado e sustentável.