MPSC: PROJETO ESCOLA RESTAURATIVA MOBILIZA TRÊS MUNICÍPIOS DA COMARCA DE TAIÓ E EMOCIONA ESTUDANTES COM VIVÊNCIAS DE PAZ

Pela primeira vez, a iniciativa realizou atividades simultâneas em três municípios.

“Pra mim, essa palestra fez eu sentir que sou uma pessoa boa, honesta; um menino do bem. Quando a professora falou, na dinâmica do novelo de lã, que eu sou bondoso e gentil, isso mexeu comigo de um jeito que eu nem sei explicar. Só sei que estou muito feliz com essa atividade. Muito obrigado.”

O depoimento do estudante Enzo Alexandre Day, da Escola de Ensino Fundamental Bernardo Rohden, emocionou participantes e marcou o início de um dia especial do Projeto Escola Restaurativa, promovido pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio do NUPIA e da Promotoria de Justiça da Comarca de Taió.

Mais de 300 pessoas participaram das ações simultâneas em Taió, Salete e Mirim Doce — a primeira vez que a iniciativa ocorreu em três cidades no mesmo dia.

Promotor destaca papel transformador da iniciativa

O Promotor de Justiça Juliano Antonio Vieira, anfitrião das atividades, celebrou o alcance da iniciativa: “É com grande satisfação que a nossa comarca recebe esse projeto tão importante, que começou com uma conversa lá em meu gabinete. Hoje, ver ele ser concretizado dá um orgulho muito grande, porque demonstra o grande papel e a importância que o MPSC pode gerar em toda uma comunidade”.

Três cidades unidas pela cultura de paz

Em Taió, na Escola Prefeita Erna Heidrich, alunos e professores participaram de rodas e diálogos que reforçaram habilidades de comunicação.

“Acreditamos que conflitos serão muito melhor resolvidos a partir de agora”, afirmou a diretora Jaqueline Schultz Kindel.

Mirim Doce: círculo que dá voz a todos

No Centro Educacional Giácomo Zommer, a comunidade escolar aderiu à metodologia restaurativa.

“O círculo dá voz a todos — e isso muda a dinâmica da escola”, destacou a diretora Marli Bonin.

Salete: estudantes do 6º ano e o momento de transição

 

Na Escola Bernardo Rohden, a atividade foi direcionada aos sextos anos.

“A escolha foi muito assertiva, porque essa fase traz muitos conflitos internos e externos”, explicou a diretora Joice Andrioli.

Vivências que fortalecem vínculos e pertencimento

Os estudantes participaram dos Círculos de Construção de Paz, trabalhando pertencimento, respeito e corresponsabilidade.

“Temos que respeitar o próximo e ter o coração que nem o de uma girafa”, disse a aluna Melissa Figuerêdo.

“A girafa olha os problemas lá do alto e sabe ouvir a todos”, complementou Renata de França.

O Promotor Juliano reforçou:

“A educação é um espaço privilegiado para o diálogo. Cada vivência ajuda a transformar como lidamos com conflitos.”

A assistente jurídica Sarah Zannin Farias, do NUPIA, acrescentou:

“Quando cada participante entende que faz parte da solução, o ambiente muda e a cultura de paz se fortalece.”

Encerramento reforça compromisso coletivo

As ações terminaram com cerimônia na Câmara de Vereadores de Taió, reunindo representantes do MPSC, autoridades locais, educadores e estudantes.

“É um esforço coletivo que continuará gerando frutos”, sintetizou o Promotor Juliano.

O estudante Enzo encerrou o evento com emoção:

“Consegui tirar um peso emocional das costas. Agora fica só a lembrança para eu contar para meus filhos.”

O que é a Escola Restaurativa?

A iniciativa se baseia na Justiça Restaurativa e na metodologia dos Círculos de Construção de Paz para prevenir a violência e fortalecer vínculos nas comunidades escolares. O projeto segue a Resolução nº 225/2016 do CNJ e integra a política institucional do MPSC, sendo desenvolvido pelo Grupo Gestor de Justiça Restaurativa de SC (GGJR-SC).

Desde sua implantação, em 2022, o Projeto Escola Restaurativa:

           já passou por 23 municípios;

   –           alcançou 27 escolas;

           envolveu mais de 7 mil pessoas em círculos, formações e ações comunitárias.

Novos avanços em 2025

Somente em 2025, o projeto impactou:

           11 municípios,

           14 escolas,

com forte engajamento de estudantes, professores e equipes gestoras.

Avanços na convivência escolar

Para o Coordenador do NUPIA, Promotor de Justiça Marco Aurélio Morosini, os resultados evidenciam uma mudança sólida na convivência escolar. “Foi mais um dia de sucesso do Projeto Escola Restaurativa, que contou com o desafio adicional de ser feito em três cidades no mesmo dia, tendo sido muito bem recebido por alunos e cidadãos de toda a Comarca de Taió”.

“O fortalecimento do Escola Restaurativa acontece porque cada escola, cada aluno e cada profissional compreende que a convivência precisa ser construída diariamente. Quando enxergamos resultados tão amplos, percebemos que a cultura de paz deixou de ser um ideal distante e passou a fazer parte da rotina das nossas comunidades escolares”, salientou a chefe do setor de apoio ao NUPIA, técnica do MPSC, Luciana Andréa Mattos.

 

 

 

 

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