Na manhã desta quinta-feira, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) deflagrou a Operação “Fake Notes”, em apoio a investigação conduzida pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário Camboriú.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Regional de Garantias da comarca.
Ações em cinco cidades
As diligências foram realizadas em residências dos investigados e na sede de uma empresa suspeita, nas cidades de Balneário Camboriú, Camboriú, Chapecó, São Miguel do Oeste (SC) e Jacarezinho (PR).
Entre as medidas cautelares deferidas pela Justiça estão o bloqueio de contas bancárias e sequestro de
Esquema envolvia notas “frias” e superfaturadas
A investigação apura crimes de estelionato e associação criminosa. Segundo o Ministério Público, o grupo seria formado por funcionários de uma rede de hotéis de Balneário Camboriú que mantinham conluio com empresários e prestadores de serviço.
O esquema consistia na emissão de notas fiscais falsas ou superfaturadas, referentes a pagamentos por serviços não realizados. Os valores, depois, eram divididos entre os envolvidos, configurando um sistema de desvio e lavagem de recursos.
Objetivo é ampliar o alcance da apuração
Com as apreensões, o GAECO busca aperfeiçoar a investigação e verificar se o modus operandi identificado também ocorre em outras redes hoteleiras.
Os materiais coletados serão encaminhados à Polícia Científica, responsável por realizar exames e emitir laudos periciais. As evidências vão subsidiar novas diligências e identificação de outros suspeitos.
Por que o nome “Fake Notes”
O nome da operação faz referência às notas fiscais falsas (“fake notes”) emitidas para simular transações comerciais inexistentes, o que teria causado prejuízos à rede hoteleira investigada.
O procedimento segue em sigilo judicial. O Ministério Público informou que novos detalhes serão divulgados assim que houver publicidade dos autos.
Sobre o GAECO
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) é uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), com participação da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar.
Sua missão é identificar, prevenir e reprimir a atuação de organizações criminosas no Estado.
