
Um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) confirmado em aves comerciais no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, acendeu o alerta vermelho em Santa Catarina — estado que é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil.
Diante da gravidade do caso, o Ministério da Agricultura (Mapa) publicou nesta quarta-feira a Portaria nº 795/2025, declarando estado de emergência zoossanitária no município gaúcho por 60 dias. A medida vem após a confirmação oficial da presença do vírus em uma granja comercial — o que eleva o risco de disseminação para outros estados da região Sul.
“ALERTA MÁXIMO”
Em resposta imediata, a Secretaria da Agricultura de Santa Catarina (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) publicaram a Nota Técnica nº 001/2025, com um pacote emergencial de medidas para proteger o território catarinense da entrada do vírus.
“Santa Catarina é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil, e isso se deve à implementação das normas de biosseguridade na avicultura e pelo trabalho da defesa sanitária, por meio da Cidasc. Seguindo as orientações do governador Jorginho Mello, estamos vigilantes e reforçando todas as medidas para impedir a entrada dessa doença em Santa Catarina. Precisamos que cada um faça sua parte”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini.
Secretaria e Cidasc alertam que o momento requer atenção máxima e, diante da importância econômica e social da avicultura para o Estado de Santa Catarina, a adoção dessas medidas é de extrema relevância. A depender da evolução do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pela Cidasc para proteger a avicultura catarinense.
Os produtores devem reforçar as medidas de biosseguridade e proibir visitas de pessoas alheias ao sistema de produção. “Cabe à Cidasc, a todo o setor produtivo e à sociedade vigiar. Importante também avisar a Cidasc em caso de suspeita de doença nas aves ou de alta mortalidade, além de cuidar muito da biosseguridade de sua produção. Cuidados com a água, com a ração, com telas, calçados e roupas, não ter visitas para entrar no aviário.
Fechar as aves de subsistência em um local telado, pois sabemos que o vírus está circulando e temos que manter as aves silvestres afastadas desses ambientes. Importante saber que a carne de aves e ovos não transmitem a doença ao ser humano, podem e devem ser consumidos normalmente”, pontua a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos.
Aves mortas ou com sinais clínicos da doença não devem ser manipuladas. É de extrema importância a comunicação imediata à Cidasc em caso de aves de qualquer espécie apresentando sinais clínicos de Influenza Aviária (sinais respiratórios, neurológicos, tais como dificuldade respiratória, secreção ocular, andar cambaleante, torcicolo ou girando em seu próprio eixo, ou mortalidade alta e súbita). Essa comunicação pode ser realizada utilizando o sistema e-Sisbravet no link: bit.ly/notificarcidasc ou bit.ly/SISBRAVET, ou ainda, diretamente em um escritório local da Cidasc, contatos disponíveis no site: cidasc.sc.gov.br/estrutura-organizacional.