
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) apresentou nesta segunda-feira o programa desTarifaço, um pacote de ações voltado a atenuar os efeitos das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. O estado, que tem nos EUA um dos seus principais destinos de vendas externas, vê risco de perda de competitividade em setores estratégicos.
O programa reúne iniciativas de apoio técnico e institucional por meio da FIESC, SESI, SENAI e IEL, além de articulação com governos estadual e federal. Entre as medidas defendidas pelos empresários, destacam-se a regulamentação imediata do Reintegra, que pode devolver parte dos tributos pagos e aliviar custos, e a desburocratização do crédito, considerada essencial para preservar fluxo de caixa e manter investimentos no setor produtivo.
No campo comercial, indústrias catarinenses estão atuando junto a clientes nos EUA para incluir mais produtos na lista de isenção tarifária e simultaneamente apostando na diversificação de mercados internacionais. A estratégia busca reduzir a dependência de um único destino e amortecer eventuais perdas de receita.
Empresas como Fey, Portobello, Rohden, Bovenau, WEG, Altona, ArcelorMittal, Bouton, Tecnofibras e Duas Rodas participaram do encontro e reforçaram a importância da ação coordenada da FIESC. Para os executivos, o sucesso dessas medidas será determinante para proteger empregos, manter a competitividade da indústria catarinense e evitar retração no volume exportado.