DIA DO EMPREENDEDORISMO FEMININO: SANTA CATARINA SUPERA 1,25 MILHÃO DE MULHERES EMPREENDEDORAS E PARTICIPAÇÃO CRESCE EM 2025

Empreendedorismo feminino avança no estado e já representa 40,8% das novas empresas. (Foto: Leo Munhoz/SecomGOVSC)

O Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino, celebrado nesta quarta-feira, destaca um movimento consistente em Santa Catarina: o aumento da presença de mulheres no comando e no quadro societário das empresas. Dados da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc) mostram que o estado já conta com mais de 1,25 milhão de mulheres empreendedoras, número que vem subindo ano após ano.

Enquanto as mulheres representam 38,2% dos empreendedores considerando todas as empresas ativas, entre os negócios abertos somente em 2025 essa participação sobe para 40,8% — com forte predominância de micro e pequenas empresas. Apenas neste ano, quase 140 mil mulheres foram registradas como proprietárias ou sócias.

Programas de incentivo estimulam crescimento

Para a vice-governadora Marilisa Boehm, os números refletem a capacidade e o protagonismo feminino no ambiente de negócios. Ela destaca políticas públicas voltadas especificamente às mulheres empreendedoras:

“Elas estão empreendendo mais, inovando e investindo. E o empreendedorismo feminino é uma das prioridades do governador Jorginho Mello e minha. Por isso investimos na criação e manutenção de iniciativas como o Pronampe Mulher e os programas Mulheres+Tec e Mulheres+Pesquisa. Ações essenciais para que as catarinenses tenham mais opções para criar suas empresas, garantindo sua independência e gerando emprego e renda”, afirma a vice-governadora.

Onde elas empreendem: comércio, indústria e serviços lideram

As mulheres que empreendem em Santa Catarina atuam em praticamente todos os setores da economia. A Jucesc aponta que a maior concentração está no comércio e na reparação de veículos, com 343 mil empreendedoras.

Logo depois vêm:
• Indústria da transformação – 158 mil
• Atividades administrativas e serviços complementares – 101 mil
• Alojamento e alimentação – 95 mil
• Atividades profissionais, científicas e técnicas – 91 mil
• Outras atividades de serviços – 87 mil
• Saúde humana e serviços sociais – 70 mil
• Construção – 56 mil
• Atividades imobiliárias – 54 mil
• Transporte, armazenagem e correio – 49 mil

Para a vice-presidente da Jucesc, Fabiana Everling, o empreendedorismo feminino gera um ciclo positivo na economia. “Esses números mostram sobretudo um grande empreendedorismo feminino e isso se dá por diversos fatores. A mulher saiu em busca do seu próprio negócio, de legalizar as atividades que eventualmente ela já desenvolvia sem essa formalização. A mulher tem se qualificado cada vez mais e aí ela empreende no seu próprio negócio. E, além de fazer a sua renda, ela gera renda, gera emprego”, destaca.

História que inspira: indústria calçadista comandada por uma catarinense

Entre as mais de 1,25 milhão de empreendedoras está Suzana Santos, empresária de São João Batista e líder da indústria calçadista que leva seu nome. Com fábricas em Santa Catarina e na Bahia, sua empresa emprega mais de 2,5 mil colaboradores e produz sandálias, tênis, tamancos e rasteirinhas.

“Atendemos todos os estados e exportamos para cerca de 25 países. Buscamos inovação constante e desenvolvemos produtos alinhados às mudanças do mercado”, explica Suzana.

A empresa, de tradição familiar, hoje é administrada por Suzana e seu irmão. Ela comanda as áreas comercial, criativa e de marketing, além de liderar o processo de verticalização que permitiu à empresa produzir parte da matéria-prima utilizada.

Segundo Suzana, Santa Catarina oferece condições ideais para quem deseja empreender:

“O estado é próspero, oferece mão de obra qualificada, tem logística favorável e está próximo dos mercados de maior potencial de venda”, afirma.

Conclusão

O avanço do empreendedorismo feminino em Santa Catarina não é apenas estatístico: ele se traduz em inovação, geração de renda, fortalecimento dos setores produtivos e protagonismo cada vez maior das mulheres no cenário econômico. Com políticas públicas de apoio e histórias inspiradoras, o estado segue construindo um ambiente mais diverso e competitivo.

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