A Assembleia Legislativa de Santa Catarina sediou, nesta semana, o lançamento da 2ª edição do livro “UFSC: em nome da verdade”, escrito pela advogada e professora Heloisa Ferro Blasi Rodrigues. A obra contesta trechos do relatório da Comissão da Verdade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e aponta supostas distorções sobre a gestão do primeiro reitor, João Davi Ferreira Lima.
Segundo a autora, a nova versão marca uma vitória simbólica, já que, por resolução do Conselho Universitário, o título passa a integrar o acervo da biblioteca da UFSC e estará disponível, em versão física e digital, no Instituto Memória e Direitos Humanos.
“É a nossa palavra que ficará plantada para ser ouvida e estudada, comparada a outras versões, até que se chegue a uma visão mais ampla e menos ideologizada dos fatos”, disse Heloisa.
Capítulo inédito detalha retirada de homenagem
A principal novidade da 2ª edição é um capítulo inédito que narra os bastidores da decisão do Conselho Universitário, em junho de 2025, de retirar o nome “Reitor João Davi Ferreira Lima” do campus da UFSC em Florianópolis — uma medida que a autora e apoiadores classificam como injusta.
Jornalista Moacir Pereira denuncia “violência jurídica”
Responsável pelo texto de apresentação do livro, o jornalista e professor Moacir Pereira criticou duramente a condução da votação no Conselho Universitário.
“Constataram-se barbaridades: negaram à advogada o acesso integral aos autos, impediram a apresentação de documentos incontestáveis e até a fala dela durante as reuniões. É algo inaceitável”, afirmou.
Deputado vê obra como “compensação histórica”
O deputado estadual Matheus Cadorin (Novo) também defendeu a importância da publicação.
“Este livro resgata fatos ignorados e documentos que foram tratados como sigilosos. É uma compensação histórica para mostrar o que realmente aconteceu e evitar que a verdade se apague”, declarou.
Origem da obra e esgotamento da 1ª edição
A primeira edição de “UFSC: em nome da verdade” foi lançada em 5 de dezembro de 2024 e esgotou rapidamente. O conteúdo nasceu a partir de uma peça de impugnação ao relatório da Comissão da Verdade, aprovada pelo Conselho Universitário em 2018. Essa contestação foi protocolada por Heloisa em dezembro de 2022, com base em extensa documentação
