A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) recebeu nesta terça-feira uma das doações culturais mais importantes de sua história: a “Coletânea Desterro”, um conjunto de 400 peças raras que retratam a evolução da antiga Desterro até a atual Florianópolis.
O acervo reúne produções acumuladas ao longo de décadas por cartógrafos, fotógrafos, pintores, viajantes, escritores e moradores que passaram pela Ilha de Santa Catarina entre os séculos XVII e XX.
O que compõe a Coletânea Desterro
A coleção é formada por:
• aquarelas e pinturas originais,
• gravuras históricas,
• fotografias raras,
• documentos inéditos,
• relatos e registros feitos por artistas e pesquisadores do Brasil e do exterior.
Muitas peças foram adquiridas fora do país e reconstruem, de forma única, a trajetória social, cultural e urbanística da capital catarinense durante mais de 300 anos.
A pesquisadora por trás da coleção
A doação foi realizada pela pesquisadora Marli Cristina Scomazzon, homenageada em solenidade no gabinete da Presidência da Alesc.
Segundo ela, o Legislativo catarinense foi escolhido por seu compromisso com a preservação do patrimônio histórico, evidenciado pelo trabalho do Ateliê de Conservação e Restauro, da Gerência Cultural e do Centro de Memória da Alesc.
Marli destacou ainda a trajetória de algumas peças, como um quadro de 1888 que retrata a residência da família Hoepcke, reencontrado por ela em uma galeria de arte em Hamburgo, na Alemanha.
“Estamos muito felizes que a coleção faça parte do acervo da Alesc, pois sabemos que aqui ela será protegida e difundida. Está na melhor casa que poderia estar”, afirmou.
Preservação da memória: “um presente para Santa Catarina”
Durante a solenidade, o presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD), classificou o recebimento do acervo como um “presente” para a instituição e para a história de Santa Catarina:
“Recebemos essa doação com emoção, pelo gesto, pela forma de ajudar a preservar a história da nossa Desterro”, afirmou o presidente. Ele citou a importância de preservar peças como a tela que retrata a casa de Karl Hoepcke, que não existe mais. “Se não tivéssemos essa tela para ficar preservada num dos poderes de Santa Catarina, na Assembleia Legislativa, certamente quando se perguntasse isso nós não íamos achar uma foto na história. Essa tela já seria uma doação inestimável para a história”.
O presidente reforçou ainda que o próximo passo é restaurar, preservar e expor o acervo ao público:
“Hoje temos continuidade, temos o nosso Centro de Memória. E receber essa obra, esse momento é muito importante. Mas o mais importante está por vir, pois precisamos restaurar o que tiver que ser restaurado, preservar o que tem que ser preservado. E expor”, completou Julio Garcia.
Presenças na cerimônia
Também participaram da solenidade os deputados Fernando Krelling (MDB) e Rodrigo Minotto (PDT), antropólogo Luiz Nilton Corrêa, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e o jornalista e escritor Moacir Pereira.
Perguntas Frequentes
1) O que é a “Coletânea Desterro”?
É um conjunto de 400 peças históricas (aquarelas, gravuras, fotos, documentos) que registram a transformação da antiga Desterro (Florianópolis) entre os séculos XVII e XX.
2) Quem doou o acervo à Alesc?
A coletânea foi doada pela pesquisadora Marli Cristina Scomazzon.
3) Por que o acervo foi doado à Alesc?
Devido ao compromisso institucional da Alesc com a preservação do patrimônio, evidenciado pelo trabalho permanente do Ateliê de Conservação e Restauro e do Centro de Memória.














