O volume de vendas do comércio catarinense cresceu 6% entre janeiro e agosto de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira (15).
O resultado coloca Santa Catarina como o segundo estado com maior crescimento no país, atrás apenas do Amapá (7,1%), e bem acima da média nacional, que foi de 1,6%.
No ranking regional, o estado superou Rio Grande do Sul (3,1%) e Paraná (2,6%), além de grandes economias como Minas Gerais (1,5%), São Paulo (0,8%) e Rio de Janeiro (-2%).
“Mais emprego, mais renda e mais consumo”
O secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, destaca que o bom desempenho do comércio reflete o ciclo positivo da economia catarinense.
“O aquecimento do comércio retrata a forte geração de emprego e renda em Santa Catarina. Com mais dinheiro no bolso, o catarinense tem condições de fazer compras, adquirir bens e movimentar a economia. Nesse sentido, o Governo do Estado tem feito o dever de casa: estamos desburocratizando o ambiente de negócios, atraindo empresas e incentivando o investimento privado”, destaca o secretário.
Consumo das famílias impulsiona as vendas
O aumento do consumo das famílias foi o principal motor do crescimento. Entre os segmentos avaliados pelo IBGE, destacam-se:
– Artigos de uso pessoal e doméstico: +12,4%
– Supermercados e hipermercados: +7,5%
– Produtos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos: +4,7%
– Tecidos, vestuário e calçados: +4,5%
– Combustíveis e lubrificantes: +4%
Esses resultados confirmam que o comércio varejista segue aquecido, principalmente em produtos essenciais e de uso cotidiano.
Setores com retração
Apesar do saldo positivo, alguns segmentos registraram queda nas vendas no acumulado de 2025:
– Equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação: -5,7%
– Eletrodomésticos: -2,2%
– Móveis: -1%
Essas retrações refletem o impacto do cenário macroeconômico nacional, marcado por juros elevados e menor confiança do consumidor.
Economia resiliente mesmo com desafios
O secretário Silvio Dreveck ressalta que, embora o cenário nacional apresente sinais de desaquecimento, Santa Catarina mantém um ritmo acima da média.
“A economia brasileira está mostrando sinais de desaquecimento, principalmente pelos juros altos e o cenário internacional desfavorável. Isso se reflete em Santa Catarina, porém o estado segue crescendo em patamar elevado, acima da média nacional — fruto de uma economia forte, diversificada e de um povo trabalhador e empreendedor”, conclui.