A Bancada da Serra se reuniu na manhã desta quarta-feira para discutir ações voltadas a duas unidades hospitalares da região: o Hospital São José, de Bocaina do Sul, e o Hospital de Correia Pinto. O encontro contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, e de lideranças políticas e municipais.
Reabertura do Hospital São José em Bocaina do Sul
O primeiro tema da reunião foi a recuperação e reabertura do Hospital São José, em Bocaina do Sul. A prefeita em exercício, Alice Pessoa Córdova, apresentou o projeto elaborado para a retomada da estrutura, que conta com três pavimentos e será reformada em quatro etapas.
A primeira fase inclui a implantação de pronto atendimento, farmácia e almoxarifado, com custo estimado em R$ 4,87 milhões.
“Temos os projetos e plantas prontos e agora estamos tratando da legalidade, verificando se o projeto será validado pela Vigilância Sanitária. Se precisar de ajustes, a empresa responsável já está aqui para isso”, afirmou Alice.
Bancada garante recursos e Estado sinaliza apoio
O deputado Nilso Berlanda (PL), coordenador da Bancada da Serra, destacou que o grupo parlamentar já destinou R$ 5 milhões em emendas para a obra.
O secretário Diogo Demarchi confirmou o compromisso do governo estadual em atender à demanda, destacando que a existência do projeto e dos recursos facilitará o processo.
“Assim que o projeto for protocolado na Secretaria de Estado da Saúde, vamos dar celeridade à análise. Recomendo também que as demais fases sejam apresentadas, para já tramitarem internamente”, afirmou Demarchi.
O deputado Lucas Neves (Podemos) reforçou o engajamento da bancada:
“Queremos reafirmar o compromisso de acompanhar e apoiar para que muito em breve possamos entregar a primeira parte dessa retomada histórica para Bocaina do Sul e região.”
Preocupação com o Hospital de Correia Pinto
O segundo ponto da reunião tratou da situação do Hospital de Correia Pinto, ameaçado pela instabilidade de um morro nas proximidades.
A diretora da fundação municipal, Suzana Fleck, relatou que o hospital — com 16 leitos e atendimento diário a cerca de 130 pacientes de Correia Pinto e municípios vizinhos — pode ter seus serviços interrompidos caso o problema se agrave.
“O hospital está em funcionamento, mas a estrutura preocupa. Já tivemos ajuda do governo e da Assembleia, mas precisamos de uma solução definitiva”, explicou Suzana.
A vereadora Nilmara Endres criticou a proposta de construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município, considerando-a insuficiente:
“O hospital tem boa estrutura e uma UPA seria muito limitada. Para nós, não é viável.”
Ela lembrou que o morro já recebeu três muros de contenção, mas que ainda há risco, motivo pelo qual pretende acionar o Ministério Público de Santa Catarina para cobrar novas obras de segurança.
O secretário Demarchi, porém, desaconselhou novas contenções, apontando que a Defesa Civil estimou o custo em R$ 9 milhões e que o trabalho teria de ser refeito em poucos anos. Segundo ele, uma UPA atenderia à demanda local, embora o governo esteja aberto a outras alternativas.
“O governador já destinou os recursos. O importante agora é definir o projeto para que possamos dar prosseguimento.”
O deputado Lucas Neves defendeu que a prefeita de Correia Pinto participe das próximas discussões:
“Nada vai prosperar sem o entendimento da prefeita. Ela é peça central nesse processo.”
Encerrando a reunião, Nilso Berlanda informou que irá convidar a gestora municipal para um novo encontro a fim de buscar uma solução conjunta para o hospital.
