ANÁLISE DA PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS APONTA QUE FENÔMENO NA LAGOA DA CONCEIÇÃO É NATURAL

Secretaria de Meio Ambiente esclarece que a espuma observada resulta de floração algal, e não de poluição.

Uma análise realizada na manhã desta terça-feira pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Florianópolis, confirmou que o evento registrado nos últimos dias na Lagoa da Conceição trata-se de um fenômeno natural de floração algal.
O fenômeno ocorre quando condições ambientais específicas favorecem o aumento de algas microscópicas conhecidas como fitoplâncton.

O que causa a floração de algas

Segundo a equipe técnica, o fenômeno é multifatorial, resultado da combinação de fatores como:
ventos predominantes e circulação das águas;
aumento da temperatura superficial;
estratificação térmica temporária;
disponibilidade de nutrientes, naturais ou provenientes de atividades humanas.

Essas condições criam um ambiente propício para a multiplicação das algas — um processo que, embora chamativo visualmente, não representa risco imediato à saúde.

Sem indícios de esgoto irregular

Durante a vistoria, a equipe da Blitz Sanear descartou qualquer hipótese de lançamento irregular de esgoto.

“A espuma observada é formada por algas, e não por esgoto sanitário, óleos ou combustíveis. Não há motivo para autuação, pois não foi identificado nenhum agente poluidor”, explica Bruno Luiz, subsecretário de Saneamento.

Os técnicos seguem agora com análises complementares para confirmar as causas específicas da proliferação.

A Prefeitura mantém programas contínuos de controle ambiental, como:
Floripa Se Liga na Rede, que já inspecionou praticamente 100% dos imóveis do entorno da Lagoa;
Blitz Sanear, que realiza fiscalizações e emite autos de infração sempre que detectadas irregularidades.

Essas ações garantem a vigilância constante sobre a qualidade da água e o saneamento na região.

Nova ponte ajudará na renovação da água

A nova ponte da Lagoa da Conceição também trará benefícios ambientais diretos, melhorando a circulação e a oxigenação da água, além de reduzir a concentração de nutrientes que favorecem o crescimento de algas.
Com o aumento do fluxo hídrico, espera-se menor risco de odores, mortandade de peixes e aumento da turbidez.

Fenômeno recorrente e acompanhamento contínuo

“A floração de algas já ocorreu outras vezes, em diferentes locais. Trata-se de um fenômeno natural comum em lagunas costeiras e corpos d’água rasos, especialmente no calor e com ventos”, explica o secretário Alexandre Waltrick.

A Prefeitura segue acompanhando o caso e aguarda os resultados das amostras coletadas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) para confirmar as condições atuais da Lagoa.

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