
O deputado Neodi Saretta (PT), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, destacou a relevância do Sistema Único de Saúde (SUS) ao completar 35 anos de existência nesta sexta-feira. Reconhecido como o maior sistema público de saúde do planeta, o SUS é apontado pelo parlamentar como um patrimônio da democracia e do povo brasileiro.
Da Constituição Cidadã à universalização do atendimento
Saretta lembrou que até 1988 a saúde não era um direito básico no Brasil. A mudança só veio com a Constituição Federal, que definiu a saúde como dever do Estado. Dois anos depois, a Lei 8.080/1990 consolidou a criação do SUS, garantindo acesso universal e igualitário aos serviços de saúde.
“O SUS é fruto de uma luta histórica e representa a consagração da saúde como um direito de todos e um dever do Estado, sustentado por políticas sociais e econômicas que buscam reduzir desigualdades e ampliar o acesso”, destacou Saretta.
Avanços que transformaram o país
Ao longo de três décadas e meia, o SUS foi responsável por conquistas que mudaram os indicadores de saúde no Brasil. Entre elas:
Aumento da expectativa de vida da população;
Maior programa de transplante de órgãos do mundo;
Resposta exemplar no combate a epidemias como Aids e Covid-19;
Referência internacional em vacinação, bancos de leite humano e controle do tabagismo;
Ampliação da atenção básica em todo o território nacional.
Desafios permanentes para o futuro
Apesar dos avanços, o deputado reforçou que o sistema enfrenta desafios constantes:
Emergência de novas doenças, como a Covid-19;
Incorporação de novos medicamentos, vacinas e tecnologias;
Necessidade de garantir eficiência nos serviços;
Busca por financiamento adequado e sustentável.
“É preciso garantir recursos suficientes para que o SUS continue oferecendo atendimento de forma universal e com qualidade”, alertou Saretta.
Investimento e gestão: chaves para a sustentabilidade
Para o parlamentar, a demanda crescente da população e a rápida evolução tecnológica exigem aperfeiçoamento contínuo da gestão pública.
“A saúde é dinâmica. O grande desafio é equilibrar eficiência no atendimento com o financiamento adequado”, frisou.