VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: PRIMEIRO BANCO VERMELHO É INSTALADO EM CRICIÚMA

Símbolo permanente contra a violência doméstica marca os 19 anos da Lei Maria da Penha.

No dia em que a Lei Maria da Penha completa 19 anos, Criciúma deu um passo pioneiro no enfrentamento à violência contra a mulher. O Fórum da Comarca recebeu oficialmente a instalação do primeiro Banco Vermelho de Santa Catarina, um marco permanente de conscientização e resistência.

A iniciativa é da OAB/SC – Subseção Criciúma, por meio da Comissão de Combate à Violência contra a Mulher e Acolhimento da Vítima e da Comissão OAB Por Elas, com apoio do Poder Judiciário e outras instituições.

Um símbolo que fala por si

O banco, pintado de vermelho vivo, exibe frases diretas e contundentes:
• “A violência contra a mulher não tem justificativa”
• “Sentar e refletir. Levantar e agir”
• “Ligue 180 – Denuncie e rompa esse ciclo”

Ele foi colocado em local de destaque no Fórum, em consonância com a Lei 14.942/2024, que incentiva a instalação de bancos vermelhos em espaços públicos como instrumento de educação e memória.

O peso da mensagem

O juiz Sérgio Renato Domingos, diretor do Foro, ressaltou que o local escolhido carrega simbolismo:

“Mais do que um objeto, este banco é um símbolo poderoso e eloquente. Um lembrete visível e permanente de que a violência contra a mulher não pode ser tolerada, naturalizada ou silenciada.”

Para o magistrado, instalar o Banco Vermelho no coração da Justiça é reafirmar que nenhuma forma de violência deve encontrar abrigo sob o manto da lei.

Ação pioneira e mobilização social

A juíza Letícia Pavei Cachoeira, titular da Vara da Violência contra a Mulher, destacou que o projeto vai além do gesto simbólico:

“O Banco Vermelho, o primeiro no nosso Estado, é um símbolo de luta, de conscientização e de urgência. É preciso refletir, divulgar canais de ajuda, denunciar e, principalmente, acolher e proteger nossas mulheres.”

Memória, resistência e esperança

Para a vice-presidente da OAB Criciúma, Janaina Alfredo da Rosa, o banco é um alerta silencioso à sociedade:

“Estamos dando voz e resgatando a memória de tantas mulheres que não puderam mais contar suas histórias. Que ele nunca se torne paisagem. Que provoque, questione e emocione.”

A advogada Vania Pinheiro Rodrigues, presidente da comissão da OAB, completou:

“Este banco fala por todas aquelas que não foram ouvidas a tempo, e por todas que ainda precisam ser protegidas. O silêncio não pode ser a resposta.”

Próximos passos

Além da instalação do Banco Vermelho, foram distribuídos materiais informativos e anunciadas ações permanentes: rodas de conversa, oficinas e campanhas educativas que vão manter o debate vivo e mobilizar a comunidade

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