As manifestações realizadas em diversas capitais brasileiras neste domingo demonstraram que Jair Bolsonaro ainda mantém capacidade de mobilização nacional, mesmo diante de restrições judiciais e do desgaste político provocado pelas investigações em curso.
Os atos, convocados por aliados do ex-presidente, ocorreram em cidades como São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Salvador e Belém, e seguiram um tom de protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF), em especial contra o ministro Alexandre de Moraes.
Em Santa Catarina, ocorreram protestos nas principais cidades como Criciúma, Florianópolis, Joinville, Chapecó e Blumenau. Os manifestantes defenderam anistia aos presos pelo suposto golpe de 8 de janeiro, com críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Embora impedido judicialmente de comparecer pessoalmente — por medida cautelar que o proíbe de sair de casa nos fins de semana —, Bolsonaro participou por telefone, em ligação intermediada pelo filho, senador Flávio Bolsonaro.
A estratégia visa manter sua imagem em evidência sem transgredir as limitações legais.
O ato de São Paulo, considerado o principal do domingo, foi palco de uma ofensiva direta contra o STF.
O deputado federal Nikolas Ferreira divulgou um “placar de votos” de senadores supostamente favoráveis ao impeachment de Alexandre de Moraes: 34 a favor, 19 contra e 28 indefinidos. Da representação parlamentar de Santa Catarina, os senadores Esperidião Amin e Jorge Seif aparecem como apoiadores do Impeachment de Moraes e Ivete Silveira, com voto indefinido.
Chamaram atenção as ausências de aliados importantes de Bolsonaro: os governadores Ronaldo Caiado (Goiás), Ratinho Jr. (Paraná) e Tarcísio de Freitas (São Paulo) não participaram dos atos.
E as manifestações deste domingo confirmam que Bolsonaro mantém base fiel e organizada, capaz de mobilizar ruas em várias capitais.