FLORIANÓPOLIS: FORÇAS DE SEGURANÇA DESMONTAM CENTRAL CLANDESTINA DE INTERNET NA SERRINHA

Durante a ação, foram apreendidos modens, bobinas grandes de fio, cabos de fibra ótica e roteadores. (Foto: Victor Casagrande/PMF)

Com apoio da Secretaria de Segurança e Ordem Pública de Florianópolis, uma ação integrada entre a Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Científica, Procon-SC e técnicos de operadoras de telecomunicações desarticulou ontem uma central clandestina de distribuição de internet na comunidade da Serrinha, em Florianópolis.

A operação teve como foco o combate ao furto e à receptação de equipamentos de empresas de telefonia, além da oferta irregular de serviços de telecomunicações.

APREENSÕES E PRISÃO EM FLAGRANTE

Durante a ação, foram apreendidos 171 modens, quatro bobinas grandes de fio, 10 metros de cabos da Celesc, 20 quilos de cabos de fibra ótica e quatro roteadores Mikrokit. Uma pessoa foi presa em flagrante por furto de energia elétrica e receptação.

As investigações começaram após denúncias e levantamentos que indicavam a existência de um comércio clandestino de pacotes de internet na região. Durante a abordagem de um veículo suspeito, foram encontrados diversos equipamentos pertencentes às operadoras Vivo, Claro e TIM.

EQUIPAMENTOS FURTADOS E ADULTERADOS

Um dos ocupantes do veículo indicou o endereço onde os equipamentos eram armazenados e preparados para redistribuição. O local, já monitorado pelos agentes, funcionava como uma verdadeira central de redistribuição de sinal de internet, operando sem autorização legal e oferecendo riscos aos usuários e às redes das operadoras.

Técnicos das próprias operadoras confirmaram que os aparelhos eram produtos de furto. Além disso, a polícia identificou que os equipamentos passavam por adulterações para ocultar a origem ilícita, o que dificultava o rastreamento.

EQUIPAMENTOS MAQUIADOS PARA ENGANAR  CONSUMIDOR

De acordo com a vice-prefeita e secretária de Segurança e Ordem Pública, Maryanne Mattos, os responsáveis pelo esquema aplicavam modificações nos aparelhos. “Eles cortavam as etiquetas, raspavam os códigos de barras e removiam os logotipos das operadoras. Depois, aplicavam adesivos próprios para simular um equipamento novo.O consumidor contratava o serviço acreditando estar usando um produto legal, mas na verdade recebia um item adulterado e oriundo de furto”, explica.

Maryanne também destacou que o padrão de atuação dos suspeitos chamou a atenção. “Notamos uma movimentação estranha de pessoas uniformizadas, em veículos descaracterizados, atuando em postes com cabos que não eram da Celesc, mas de telecomunicações. Isso levantou o alerta e nos levou até o centro clandestino.”

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