SANTA CATARINA LIDERA CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL COM ALTA DE 6,9% NO PIB

Economia catarinense dispara e Estado registra menor taxa de desemprego do país. (Foto: Marco Favero / Arquivo / SECOM)

Com uma economia em ritmo acelerado e sustentada por uma combinação de dinamismo produtivo e ambiente favorável aos negócios, Santa Catarina registrou um crescimento de 6,9% no Produto Interno Bruto (PIB) no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março. O resultado não apenas consolida a recuperação econômica do estado, como também o coloca na liderança nacional em termos de expansão econômica, à frente da média brasileira, que passou de 3,4% para 3,5% no mesmo período.

Os dados são da estimativa divulgada nesta quarta-feira pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), com base em um painel de mais de 28 indicadores econômicos estaduais e nacionais. O Boletim de Indicadores Econômico-Fiscais, elaborado pelo economista Paulo Zoldan, também projeta que o desempenho catarinense serve como um termômetro antecipado da economia nacional, cujos dados oficiais têm um atraso de cerca de dois anos.

A nova alta representa uma aceleração relevante frente ao crescimento de 5,4% registrado até dezembro de 2024 e reflete a força de setores estratégicos como a indústria de transformação e os serviços — principais responsáveis pela geração de 74.671 novos empregos formais nos quatro primeiros meses de 2025. A taxa de desemprego em Santa Catarina segue a menor do país, fixada em 3%, menos da metade da média nacional, que é de 7%.

O governador Jorginho Mello destacou que o bom desempenho é resultado direto da estabilidade fiscal, do ambiente de confiança e do compromisso do Estado em manter uma política de estímulo sem aumento de impostos. “A economia de Santa Catarina é forte e dinâmica. E o Governo do Estado tem feito o seu papel, sem aumentar impostos e oferecendo incentivos para atrair mais empresas e segurança para a expansão das que já estão aqui. Tudo isso permite que o perfil empreendedor dos catarinenses desempenhe todo seu potencial. E faz com que Santa Catarina seja essa potência nacional no crescimento econômico”, afirmou.

“Nosso compromisso é o desenvolvimento do estado. O crescimento acelerado que observamos hoje é um reflexo das políticas públicas que têm sido implementadas pelo governador Jorginho Mello. As ações e programas do Governo tornam o nosso estado mais dinâmico economicamente e mais resiliente, mesmo diante das adversidades no cenário nacional e internacional”, complementou o secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira.

PROTAGONISMO E CRESCIMENTO

O economista da Diretoria de Políticas Públicas da Seplan, Paulo Zoldan, pontua que a expansão da economia catarinense tem sido sustentada por fatores estruturais. “Temos um desenvolvimento econômico difuso, uma indústria diversificada e competitiva e um setor de serviços sofisticado. A qualidade de vida, a segurança pública e as paisagens cênicas seguem atraindo investimentos”, afirmou Zoldan.

O bom desempenho catarinense também se reflete no setor externo. As exportações do estado cresceram 3,7% nos últimos 12 meses encerrados em abril, atingindo US$11,9 bilhões. Cabe ressaltar que o crescimento, apesar de bastante positivo, foi limitado pela queda das vendas para a China e para os Estados Unidos, os principais parceiros comerciais do estado. Em 2024, as exportações catarinenses registraram o segundo maior valor da série histórica iniciada em 2010.

O crescimento do PIB estadual foi puxado pelo setor da Indústria e dos Serviços, além de ser influenciado pela expressiva alta da Agropecuária. Essas evidências estão identificadas no boletim publicado pela Seplan em junho, conforme análises do economista Paulo Zoldan.

A Indústria total de Santa Catarina cresceu robustos 8% nos 12 meses encerrados em março, puxada pelo segmento da transformação, que cresceu 9,4%. Os subsegmentos que registraram os maiores crescimentos foram os de Máquinas e equipamentos e de Máquinas e aparelhos elétricos. Paulo Zoldan evidencia, ainda, o impulsionamento da Produção de têxteis e de Artigos do vestuário e acessórios. O aumento da renda impulsionou o consumo de Produtos alimentícios e de bebidas, que por sua vez impulsionou os segmentos de Embalagens. Já a retomada da Construção civil e da Indústria automobilística impactou os segmentos produtivos locais, como minerais não metálicos, autopeças e metalúrgico.

O setor de Serviços cresceu 6%. Zoldan pontua que o desempenho foi alavancado pelas condições gerais da economia, que demandam diversos serviços relacionados, especialmente pelo dinamismo da indústria e do comércio. As atividades de maior crescimento foram dos Transportes (+9%), Alojamentos e alimentação (+8,2%), Serviços prestados à família (+8%), e do Comércio (7,7%), este o maior segmento do setor de Serviços.

O setor Agrícola voltou a crescer em 2025 em Santa Catarina. Com base nos dados divulgados até março, o índice de quantum da agricultura teve alta de 17,8%, influenciado principalmente pelo avanço na produção de soja, milho, arroz, feijão, fumo e cebola. Com base nas análises do CEPA/EPAGRI, essa recuperação se deveu à combinação de fatores favoráveis, tais como as boas condições climáticas e o aumento da área cultivada e da produtividade. A produção pecuária, por sua vez, cresceu 2,2% em 2025, em comparação com o ano anterior, crescimento registrado, também, na produção de frangos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário
Por favor, informe seu nome