PESCADORES ARTESANAIS DE FLORIANÓPOLIS COMEMORAM A ABERTURA DA SAFRA DA TAINHA

O governador Jorginho Mello dividiu com os pescadores artesanais, relatos históricos da tradicional pesca da tainha nas praias de Florianópolis.

Com a euforia tomando conta dos pescadores e a participação do governador Jorginho Mello, do prefeito Topazio Neto, foi comemorada ontem em Florianópolis a abertura da Safra da Pesca da Tainha/2025. O ato ocorreu no histórico racho de pesca do “Seu Getúlio” com café da manhã e uma procissão realizados na praia do Campeche.

Reconhecida como um dos marcos mais importantes do Litoral catarinense, a atividade mobiliza comunidades inteiras, movimenta a economia local e atrai a atenção de moradores em busca das redes cheias de peixe e das cenas típicas das canoas na beira do mar.

“A pesca da tainha é parte da alma de Santa Catarina. Uma tradição que atravessa gerações e fortalece nossa cultura. Hoje, na bela festa do Campeche, celebramos essa identidade tão nossa. E o Governo do Estado está junto, valorizando essa história e dando total apoio aos pescadores que mantêm viva essa tradição”, afirmou o governador.

Pelo segundo ano consecutivo, no entanto, os pescadores artesanais enfrentam um limite para a captura imposto pelo Governo Federal. A Portaria Interministerial MPA/MMA nº 26 estabelece uma cota de 1.100 toneladas para a pesca artesanal da tainha no estado. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE/SC) protocolou na terça-feira, 29, uma nova ação, na Justiça Federal, para pedir a suspensão dos limites estabelecidos pelo governo federal.

“Santa Catarina não aceita calada a cota imposta pelo governo federal à pesca da tainha. Essa medida atinge diretamente a nossa cultura, a nossa economia e, acima de tudo, as famílias que vivem do mar há gerações. O Governo do Estado está agindo com força, cobrando respeito e justiça para os nossos pescadores. Vamos até o fim nessa luta”, garantiu Jorginho Mello.

IDENTIDADE CULTURAL

O secretário da Aquicultura e Pesca de Santa Catarina, Tiago Bolan Frigo, acrescentou que a pesca da tainha vai muito além da produção alimentar: é parte da identidade cultural catarinense. Segundo ele, o governo estadual buscou todas as possibilidades judiciais para tentar cancelar a cota estabelecida pela União, por entender que a medida prejudica diretamente milhares de famílias que dependem da atividade para sua subsistência.

“Santa Catarina tem uma relação histórica com a pesca da tainha, que representa não apenas uma tradição secular, mas uma importante fonte de renda para dezenas de comunidades litorâneas. A limitação imposta pelo governo federal prejudica exclusivamente os nossos pescadores de Santa Catarina. Agora a Procuradoria-Geral do Estado está buscando reverter a decisão na Justiça Federal catarinense”, afirmou o secretário.

Mesmo com as restrições, a expectativa é de uma temporada promissora e com com a mobilização das colônias e associações de pesca em todo o estado.

 

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